terça-feira, 18 de dezembro de 2012
UM CHAMADO PARA ANGÚSTIA.
Um Chamado para Angústia - Texto
David Wilkerson
Você pode abrir sua Bíblia no livro de Neemias capítulo 1. Pode deixar aberta no seu colo durante a mensagem.
Seria muito difícil para eu pregar isso se eu acreditasse na minha própria carne me dizendo que eu prego mensagens muito pesadas. Teve vezes nos meses passados que eu fui ao Senhor e disse: “Senhor, por favor, me dê uma alegre.”. Mas não posso. Pode ser que Deus esteja falando para mim: “Isto não foi feito para você.”. Mas isto é um chamado para angústia.
“Senhor, se o Senhor não me ajudar, eu não posso seguir com isso. Eu não posso. Senhor, eu estou muito velho para jogos, insensatez. E eu estou cansado de discursos bonitos sem significado que nunca mudam as coisas. Senhor, apenas me ajude. Ajude-me.”
Eu estou cansado de ouvir sobre avivamento, eu estou cansado de ouvir sobre despertamentos, sobre derramamentos do Espírito Santo nos últimos dias e todos estes discursos bonitos por 50 anos. Apenas discursos bonitos. Que nunca fazem sentido.
Eu estou cansado de ouvir pessoas na igreja que dizem ser salvas quando não estão salvas, estou cansado de ouvir pessoas dizendo que estão preocupadas com seu casamento problemático. Tudo conversa, discursos bonitos.
Eu não quero ouvir mais ouvir sobre o quão imoral a América se tornou, o quão sem Deus é nossa sociedade, o quão são corruptos nossos negócios, estou cansado de ouvir sobre o Islamismo tomando o controle e os cristãos perdendo poder e como a igreja está morta porque isto tudo é discurso também, sem sentido.
Um jeito de ajudar é acabar com nossas conferências, pois elas não resolvem nada. Como lidar com estes problemas, como construir uma igreja maior, como alcançar o perdido, como fortalecer o seu povo, como impactar o mundo nesta era cibernética. E eu olho para todo o cenário religioso atual e tudo que vejo são invenções de ministérios de homens e carnes. A maioria sem poder e não há impacto sobre o mundo. Eu vejo mais o mundo entrando na igreja e impactando a igreja do que a igreja entrando no mundo e impactando o mundo, eu vejo a música tomando conta da casa de Deus, eu vejo o entretenimento tomando conta da casa de Deus. Uma obsessão com entretenimento na casa de Deus e um ódio a correção, um ódio a repreensão, ninguém mais quer ouvir isso.
Diga-me quantas igrejas você visitou recentemente que você sabe que quando você andava nela o Espírito Santo era tão forte que seus pecados coravam o seu rosto a amável graça de Deus. Qual foi a última vez que você viu na igreja pessoas jovens em grande arrependimento porque as pessoas de Deus estavam expondo seus erros e tal preocupação, tal agonia que estes jovens estavam prostrados sob seus rostos clamando a Deus porque o Espírito que convence caiu sobre elas desde os céus.
Quantas igrejas você tem ido ultimamente ouvir a palavra onde você ouve e sua alma queima e você sabe que veio do Céu, você sabe que veio do coração de Deus e eu espero que você veja isso aqui. O que fizeram com a angústia na casa de Deus!? O que fizeram com a angústia no ministério!? Esta é uma palavra que não se ouve nesta época mimada. Não se ouve. Angústia quer dizer extrema dor e sofrimento, as entranhas tão comovidas que isso se torna doloroso, uma dor aguda, profunda em seu interior por causa da condição sobre você, em você ou ao seu redor. Angústia, profunda dor, profunda tristeza. Agonia do CORAÇÃO DE DEUS.
Estamos tão presos aos nossos discursos religiosos e nossas conversas sobre avivamento, que nos tornamos tão PASSIVOS, nossos autonomeados despertamentos, nossos moveres nos últimos dias são tão curtos e então quando pequenos avivamentos e despertamentos vêm da mão de Deus, eles são tão curtos neste tempo e prometemos a Deus que jamais retornaremos a nossa passividade, mas não demora muito, semanas, talvez meses e retornamos e dormimos de novo na mesma passividade de que quando começamos. Eu falo da minha experiência e nós dizemos neste tempo: “Senhor, me toque e eu nunca mais serei o mesmo.” e isto é como fogos de artifício, muito estrondo, muito barulho e depois isso morre.
Toda a paixão verdadeira é nascida da angústia. Toda verdadeira paixão por Cristo nasce de um batismo de angústia. Você vê nas escrituras que quando Deus intentava recuperar uma situação de ruínas ele procurava um homem de oração e o mergulhava nas águas da angústia, Ele compartilhava Sua própria angústia pelo que Deus via acontecendo com Sua igreja, com seu povo e iria encontrar um homem de oração e literalmente batizá-lo em angústia. Você encontra isso no livro de Neemias. Jerusalém está em ruínas e este era o centro do interesse de Deus na terra naquele momento, a sua cidade santa estava acabada, cheia de iniqüidade, casamentos misturados com incrédulos, estavam escravizando seu povo fazendo-os pobres, de escravos. A casa de Deus estava poluída com lixo, o principal pregador estava lidando com incrédulos, reprovado e como Deus fará?! Como Deus vai restaurar as ruínas?! Como Ele fará?! O que Ele fará?!
Nós enfrentamos situação parecida às vezes pior. Uma época que o homem está cada vez ficando pior como Jesus profetizou. A igreja difamada com pedofilia, crianças molestadas, incesto, adultério, uma nação sem moral com lixo pornográfico e o mundo todo se envergonha por isso, e em um festival de filmes de nossos dias há um novo filme nos Estados Unidos, com crianças de 13, 14 anos praticando todo tipo de sexo com adultos e eles dizem que o festival de filmes é um festival que todos querem ver independente do conteúdo e a América agora está querendo ver estas coisas.
A realeza arruinada, caos moral estavam destruindo a casa de Deus também. Como você explica, que se multiplicam o número de cristãos que vão para a casa assistir na HBO um programa, eu nunca vi pois não tenho TV, mas eu li em um jornal de Nova Yorque sobre o programa chamado Sopranos. É um incentivo a máfia, eles matam, assassinam e o principal: praticam sexo, fraudes, mentiras, máfia e nós temos milhões de cristãos nos EUA se reunindo para falar do próximo episódio e eles estão VICIADOS nisso!!! VICIADOS!!! E alguns que estão me ouvindo, este é o seu programa preferido. NÃO RIAM!! Isso é vida ou morte.
Você consegue vir aqui esta noite, cantar os hinos, erguer as mãos, se divertir sabendo que você está assistindo está porcaria?!? Eu acredito no amor de Deus. Eu prego sempre sobre misericórdia, graça, o amor de sua aliança. É importante falarmos da bondade e da longanimidade de Jesus Cristo. Mas hoje multidões estão sendo atacadas com pregações que dizem que tudo está bem. Agora já estão transformando a graça de Deus em desejos da carne. Ficamos como os filhos de Israel, que dizem as palavras certas mas veja o que o Senhor diz: “Eu ouvi as palavras deste povo, que eles te disseram, em tudo falaram bem. Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem, e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos para sempre.“ Oh você tem as palavras certas e canta os hinos certos, mas seu CORAÇÃO não está certo!
Neemias 1:1-4
1 As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de Quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza,
2 Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém.
3 E disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo.
4 E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.
Aqui veio uma delegação contar-lhe como estava arruinada Jerusalém. Disseram a ele: “Jerusalém está acabada, os muros fendidos, só ruínas, nada de pé”, estes homens eram homens de Deus, mas não tinham idéia de como Deus iria restaurar a situação. Não faziam a menor idéia do que Deus iria fazer com a situação. Mas só conseguiram relatar a ruína, a decadência, o desespero e a desesperança.
Versículo 4: E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.
Veja, Deus achou um homem de oração e o mergulhou nas águas da angústia, desceu este homem num batismo de angústia.
Versículo 6: Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai temos pecado.
Neemias não era um pregador, era o copeiro do rei, ele tinha conforto, vivia no palácio, tinha uma vida já feita, mas ele era um homem de oração e Deus achou um homem que não teve só uma emoção momentânea, não teve só uma grande explosão de preocupação e logo depois deixou tudo morrer. Ele disse: “Não, eu fiquei mal, chorei, lamentei, jejuei e comecei a orar dia e noite.”. Quando eu ouço “eu chorei” porque a estes outros homens que eram homens de Deus e tinham cargos por que eles não tinham uma resposta? Por que Deus não os usa na restauração? Por que eles não tinham uma palavra? Porque não há sinal de ANGÚSTIA, não há choro, não tem uma palavra de oração! É tudo ruínas...
Você não se importa nem um pouco que a Jerusalém espiritual de Deus, a igreja está casada com o mundo?! Que há tanta frieza varrendo a terra? Quantas pessoas eu conheço, casais, um por um, estão caindo em total passividade só querem saber de igrejas com palavras suaves que não falem da ira de Deus ou de correção, alguns são amigos próximos e eu os vejo se desviando da Palavra. Não te importa toda esta crise que estamos?!
Mais perto que isso, não te importa a condição da Jerusalém que há em seu próprio coração?! Os sinais de ruína que devagar vem drenando a paixão e o poder espiritual?! Cegos para a mornidão, cegos para a mistura que entra as escondidas.
Quando chega a cegueira espiritual, ela é difícil de ser notada. Às vezes é a última coisa a ser notada por um filho de Deus. Se eu fosse seu pastor e conhecesse sua vida de perto e estivesse cuidando de você, como você reagiria se eu te dissesse: “Eu te amo, mas preciso te dizer a verdade. Você está mudando, está se desviando, algo do mundo está no seu coração. Eu não sei se é a TV, não conheço seu coração, mas você está diferente. Não vejo mais o quebrantamento, não vejo a compaixão, não te vejo mais chorando pelos teus familiares perdidos, pouco a pouco algo está acontecendo com você.”. Será que você cairia de joelhos quando a ruína que antes você não percebia agora estivesse revelada diante dos seus olhos?!
Para dizer a verdade, eu agradeço a Deus pela unção no louvor desta noite, pelos louvores de pessoas que tem uma aliança com o Senhor, mas há muitos entre nós que estão mudando para pior e nem conseguem perceber isso. Você perdeu a luta.
Quando lemos o livro de Josué, vemos a falha deles, eles perderam o coração, perderam a vontade de lutar. Esse é o plano do diabo, tirar sua coragem de lutar e MATÁ-LA! Então você não irá mais ter trabalho em orar, não vai mais chorar diante de Deus, você fica sentado assistindo TV e sua família vai para o inferno!!!
Deixa eu te perguntar: O que eu acabei de dizer te fez despertar?! Você foi deixando estas coisas entrarem uma após outra? Quando um pastor te diz: “Eu não sei quem você é, mas o Espírito Santo está me dizendo que você está mudando. De pouquinho em pouquinho você vem perdendo o amor de Deus, o amor de Cristo. De pouquinho em pouquinho estas coisas estão abrindo brechas.”. Por que você pensa que o seu pastor prega contra a televisão? Você pensa que é para termos satisfação carnal?!
Não tenho prazer em alguém dizer: “Eu ouvi sua mensagem e joguei fora minha televisão!”. Isso não me dá nenhum prazer, não dá prazer a nenhum pastor. Nós daremos conta porque ficamos assistindo programas de TV. Estas coisas, não sei se no seu trabalho, vão se infiltrando e de repente as muralhas de Jerusalém caem! Grande é a ruína!
Não te importa que os teus amados vão morrer e estamos cada vez mais perto do fim? Não te preocupa que eles podem morrer e ir para o inferno?! Mesmo que você tenha o amor de Cristo. Onde está a angústia?! Onde estão as lágrimas?! Onde está o lamento?! Onde está o jejum?! Muitos de vocês oram e jejuam, se derramam diante do Senhor, mas estou falando do corpo de Cristo em geral.
Onde está o levantar no meio da noite, ali ele diz dia e noite comecei a orar. Onde está a confissão dos seus pecados e dos pecados de seus filhos diante do Senhor, pois foi isso que Neemias fez, confessou o pecado dele e de todo o povo a Deus. Ele disse eu pequei, nós pecamos. Quando Neemias ouviu sobre a ruína ele não perguntou POR QUÊ? POR QUE um Deus justo e Santo deixou sua cidade em ruínas?! POR QUE há tantos dispersos, tanta matança, ele não fez a pergunta que fazemos na América hoje. Como Deus deixou que as duas torres caíssem sobre 2 mil pessoas no acidente? Como pode um Deus amoroso? Eu disse ao pastor Carter da ira santa que vem ao meu coração quando ouço que há pregadores na TV, no rádio dizendo: Oh, Deus não tem nada a ver com isso! Deus não tem nada a ver com isso?! Não atribua a Deus!
Mas vamos a Daniel 9 e vou te dizer que isso é Deus permitindo a América que desperte. Deus não parou os planos do inimigo por um propósito maior, pois o amor de Deus pela América não quer que ela passe a eternidade no inferno!
Daniel 9:5-8 – Pecamos, e cometemos iniqüidades, e procedemos impiamente... será que poderíamos dizer isso da América? – e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos. E não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, como também a todo o povo da terra. A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão de rosto, como hoje se vê; aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, e a todo o Israel, aos de perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas rebeliões que cometeram contra ti. O Senhor, a nós pertence a confusão de rosto, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, porque pecamos contra ti.
POR QUÊ?! Porque pecamos contra ti!
Versículos 9-13 - Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia, e o perdão; pois nos rebelamos contra ele. E não obedecemos à voz do SENHOR, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas. Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se para não obedecer à tua voz; por isso a maldição e o juramento, que estão escritos na lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós; porque pecamos contra ele. E ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós, e contra os nossos juízes que nos julgavam, trazendo sobre nós um grande mal; porquanto debaixo de todo o céu nunca se fez como se tem feito em Jerusalém.
Versículo 14 - Por isso o SENHOR vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós; porque justo é o SENHOR, nosso Deus, em todas as suas obras, que fez, POIS NÃO OBEDECEMOS À SUA VOZ.
Voltando a mensagem. Há uma grande diferença entre angústia e preocupação. Vou explicar. Preocupação é quando você tem um grande interesse em um projeto, uma causa, uma necessidade te preocupa. Algo que te chama a atenção por algum estímulo emocional. Você pode ouvir sobre as crianças da África, milhares morrendo de AIDS ou como ouvimos sobre milhares de crianças morrendo na Índia. Isso mexe com qualquer um, chama a atenção, preocupa, mas existe uma diferença entre preocupação e angústia. Você pode se envolver com uma causa, ficar animado com isso, ou algum projeto, pode ir a público dar suporte a ele, anunciar, organizar, gastar muita energia. Vou lhe dizer algo que tenho aprendido nestes 50 anos pregando: Se não é nascido em angústia, se não é nascido pelo Espírito Santo, onde depois que você viu e ouviu sobre a ruína, isto te levou para os joelhos, te fez descer num batismo de angústia e você começou a orar e buscar a Deus.
Preste atenção! Esta igreja foi nascida em angústia, 6 meses de angústia, LÁGRIMAS. Pastor de uma pequena igreja na Pensilvânia disse a Deus: “Oh Deus, estou seco e vazio. Se isso que tenho é tudo o que o Espírito Santo pode dar, não quero mais isso.”
Tal desespero, semanas e semanas clamando ao Senhor, confessando ao Senhor minha sequidão e morte. E finalmente saí pelas ruas da cidade fazendo campanhas e próximo a rua 42 vi gente vendendo um tipo de heroína, o tipo mais forte, o tipo que matava como eles diziam. E me lembro caindo e não me importando com a multidão sentei em um hidrante perto de um prédio e chorei! Eu estava em ANGÚSTIA! Eu estava em angústia há umas quadras daqui, eu estava na Brodway chorando e lamentando. Eu não estava procurando um ministério, não estava querendo construir uma igreja, estava sentindo a DOR DE DEUS por uma cidade perdida!
Era a mesma agonia que sentira, anos antes, quando nasceu o ministério Desafio Jovem. E eu nunca vi algo que seja vindo de Deus, em meus 50 anos pregando, que não tenha nascido em AGONIA! Nunca! Nunca! É tudo carne, caso contrário! CARNE!
Olha, eu tenho andado ao redor do mundo e ouvido a queixa de pastores, mortos e vazios, alguns tratando suas esposas como se fossem animais, já não oravam por meses, a seis meses sem orar... eu sei que os SERMÕES não irão trazer restauração, uma nova revelação não irá ajudar, fazer alianças não adiantará. Agora eu sei! Oh meu Deus agora eu sei! Até eu estar em agonia... até eu estar em ANGÚSTIA sobre isso, estarei só pregando sermões, oh Deus! Pregando sermões e preocupado com a hora de acabar e todos os nossos projetos, ministérios, tudo que fazemos? Onde estão os professores de escola dominical que choram? Choram pelas crianças que eles sabem que não ouvem a mensagem e vão para o inferno?!
E por onde eu vou sempre aparece alguém com um projeto, plano ou sonho. E é só isto querido... ninguém vem com o coração quebrantado, depois de horas de jejum e oração, choro, lamento... não vem com um CORAÇÃO QUEBRANTADO e veja, eu estou cansado disso! Uma verdadeira vida de oração começa no lugar de angústia, onde decisões vitais são tomadas e se você abrir seu coração para orar, Deus virá e abrirá o coração dele para você. E posso te dizer: Tem dor e sofrimento no coração de Deus.
Quando ele vê lixo aqui, lhe mostrará a condição da igreja, lhe mostrará a condição do seu próprio coração e vai te perguntar: O que isso significa pra você? Isso te importa?
E este servo angustiado terá de tomar uma decisão, e todos vocês terão que tomar também, e eu já tive que tomá-la... Você se levantará da angústia, do lugar das águas do batismo de angústia e poderá dizer: “Isso é demais para mim! É muita responsabilidade para mim! Não quero isso Deus! Esse fardo não é meu. Serei um cristão normal, eu não quero chorar pela minha família, vencerei pela fé.”. Vê, você tem que fazer uma escolha.
AGORA se vem a Deus e quer esta responsabilidade, se quer ser um instrumento de restauração, não espere que alguém faça isso por você, pois estaria se enganando. Eu lhe abri meu coração angustiado, lhe fiz saber minha angústia, te deixo senti-la e compartilhá-la... isso vai te levar para os joelhos, porque Deus te dará uma palavra de direção e isso aconteceu com Neemias depois que ele saiu das águas, saiu das águas da angústia com uma palavra tão clara que ninguém pôde rejeitar... o que levou a cidade e a nação toda a cair prostrada de joelhos em arrependimento! Isso está em Neemias no capítulo 8.
E você faz o contrário, retorna a passividade e diz: “Serei um cristão normal, sem estas coisas”, mas pode seu coração clamar: “Oh Deus! Seu nome está sendo blasfemado, estão zombando do Espírito Santo, o inimigo está tentando destruir o testemunho da fidelidade do Senhor e algo precisa ser feito!”
Ele não poderia ir sem preparo. Vamos voltar a estas palavras: “Quando eu ouvi que os muros de Jerusalém estavam caídos...” se ele acreditasse que a necessidade já é um chamado, ele simplesmente pegaria suas malas e pediria um dia ou dois e diria: “Este é o tipo de desafio que eu gosto!” Vamos lá, vamos fazer isso, sem angústia, sem jejum, sem oração, sem quebrantamento, simplesmente vamos lá fazer isso... Nada teria sido feito, as muralhas jamais teriam sido reconstruídas.
Qualquer coisa que você tentar fazer, sem esse batismo de angústia, não vai funcionar, vai ser queda sobre queda. Veja o que uma irmã me disse semana passada: “Irmão David, estou com tanta forme do Senhor, estou tão cansada dos nossos encontros LEGAIS, são tão bonitinhos... eu estive numa conferência de mulheres onde disseram que teríamos uma grande experiência espiritual e então fui com um grupo de irmãs, cerca de 15 mil mulheres... eu fiquei horrorizada, na primeira noite eles abriram a conferência com uma comédia. E foram de mal a pior... levados pelos líderes, não houve uma oração, nem menção de oração! Era uma farsa! E eu estive mais vazia do que jamais estive...”
O profeta Amós clamou contra aqueles que estavam descansando em Sião, comendo, cantando suas canções mas não estavam aflitos pela ruína de José. No hebreu original é: Não estavam agonizando em oração pela situação de José, não estavam agonizando, não estavam em angústia por ele... Comédia sim! Cantar feliz sim! Comer, amizades, se divertir sim! Choro, angústia, oração, jejum não! Não, não, não! Não temos isso...
Mas algo maravilhoso acontece com aquele que se submete a este batismo de angústia é algo maravilhoso que é o reconhecimento imediato da voz de Deus! Imediato. Se você não é alguém de oração, se não tem esta disposição de compartilhar o coração de Deus, você conseguirá isso pedindo a Deus que te dá e você recebe... é algo que se pede: Oh Deus, eu quero sair daqui hoje e conhecer seu coração!
E quando você começar a buscar a sua face, você o deixará te quebrantar, você entra nesta comunhão com o Senhor e saindo dessa experiência, pois você não foi chamado para viver em angústia, esse é só o ventre onde Deus te coloca, isso acontece quando Deus quer restaurar uma situação de ruína, seja na sua família, seja lá onde for ele te coloca neste batismo... é como o batismo nas águas, você entra e você sai, mas você sai conhecendo de imediato a voz de Deus.
Nós vemos em Neemias, ele estava jejuando, orando, lamentando a ponto de ficar marcas em seu semblante e o rei percebeu porque ele era copeiro. Um dia ele trouxe o vinho e o rei perguntou: “Por que seu semblante está tão abatido?” Ali não dava tempo dele ir abrir seu coração para o Senhor, ele não tinha tempo de pedir: “Me dê 3 dias para orar e jejuar.” Não, ele tinha que ter uma palavra imediata!
“Por que o semblante triste Neemias?” E ele disse que temeu muito e então orou ao Deus dos céus e disse ao rei. Oração imediata e imediata resposta de Deus dando direção! Conhecendo a voz de Deus!
Chegou a hora, você não saberá o que fazer e não terá tempo para ir para o quarto orar. Terá que ouvir a voz de Deus dizer: “Este é o caminho, ande por ele! Imediato!” Este é o resultado glorioso do batismo de angústia.
O servo que se dispõe a tomar o manto da dor de Deus é o único que tem autoridade e direito para lembrar a Deus das suas promessas e alianças. Nós pregamos aliança aqui, mas apenas aqueles que conhecem o CORAÇÃO DE DEUS é que nestes tempos lhe permitem que traga cura, eles permitem a Deus ir fundo em seus corações: “Oh Deus, não posso fazer isso sozinho, mas não deixarei meus filhos irem para o inferno, não vou deixar meu marido, minha esposa. Oh Deus, não vou ficar morto deste jeito, nesta mornidão, gelado... DEUS MUDA-ME!” E quando você fica desesperado diante de Deus, você dispõe seu coração para segui-lo, então você pode lembrar Deus das suas alianças e promessas. Veja Neemias 1:8-9
“Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos. – Agora ele lembra a Deus da sua aliança – E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome.”
Ele clamou a aliança feita com Moisés. Aqui está o que o Senhor prometeu! Quando você permite a Deus te levar a este lugar além das simples preocupações, além das emoções passageiras, você tem todo o direito de lembrar a Deus das suas alianças e promessas. Veja que nós temos hoje uma nação cheia de especialistas em diagnósticos. Agora todos podem dizer o que está errado com a igreja. Alguns vêm com estatísticas e enquetes que podem te dizer o quanto a China é idólatra, eles te trazem enquetes e gráficos, mas são somente números pois não fazem e menor idéia do que falam... em todos os livros deles você não vai ouvir nenhuma palavra sobre angústia, lágrimas e quebrantamento. Não se ouve isso.
Em meu quarto eu pensava: “Por que em todo Israel Deus escolheu compartilhar seu coração angustiado com Neemias? É porque ele era um homem de oração, ele estava em oração.
Eu acredito em destino, creio que Deus me escolheu, mas assim como Deus me escolheu Deus também pode me rejeitar, Neemias poderia ter dito, eu tenho prestígio aqui, tenho os ouvidos do rei, preciso ficar aqui, pois tenho certeza que Deus levantará alguém. Mas não, ele disse: “Oh Deus, Esta é minha responsabilidade, abra seu CORAÇÃO para mim.”
Eu sei que é mais que pregações, é mais que uma nova revelação, não haverá renovo, avivamento, não haverá despertamento, até que nós estejamos dispostos a deixar Deus nos quebrantar de novo. Não sei por que, ou se algo virá, mas o outro pastor vai lhes dizer o que ele sente sobre tempos muito trabalhosos que enfrentaremos no púlpito, na política e em todo o mundo... mas eu tenho que te dizer, Deus está me chamando para um batismo de angústia, eu não sei sobre o que é, mas eu disse a Deus: “Eu não vou!” Teria de ir a conferências de pastores em maio, na Escócia, País de Gales, Irlanda, México e por todo o mundo... eu saio 2 ou 3 vezes no ano, mas eu disse: “Senhor, eu não vou mais. Senhor, eu não vou a outro encontro até saber a sua ANGÚSTIA por pastores, eu não posso ir só porque há uma necessidade, não posso ir só porque quero ser isento... ninguém...”
Algumas vezes quando prego assim, fica tanto silêncio que eu sinto que... Senhor eu quero que as pessoas sejam felizes... Por favor não me diga, não me diga que você está preocupado, não me diga que você quer seus familiares salvos... Não me diga isso quando você perde horas em frente da televisão ou na internet! Não se engane...
“Senhor, não sei como terminar isso, me ajude! Eu sinto como se estivesse falando não para todos, mas para alguns, para o seu coração assim como para o meu coração... eu sei que preciso orar, suplicar ao Senhor, mas eu não sei outro jeito de terminar isso, Senhor termine, fale conosco, pois eu preguei o que estava no meu coração mas não sei como terminar isso, faça o que o Senhor quiser... É preciso chegar ao teu altar e confessar, Senhor eu não sou o que era, não sou o que deveria ser... Deus eu não tenho seu CORAÇÃO ou suas preocupações. Eu busquei felicidades, só queria ser feliz. Mas, Senhor, verdadeira alegria vem, verdadeira alegria vem do meio da angústia...”
É isso que é alegria, quando vemos o resultado do nosso esforço, o peso no coração e depois lhes damos a direção e então vemos frutos permanentes! Uma cidade inteira, uma nação vindo ao arrependimento, então Neemias se levanta e diz: “Agora é hora de se alegrar, pois a alegria do Senhor é a nossa força!” A alegria deles, saíram do pecado! A vitória deles, saíram da ANGÚSTIA!
“Senhor, não estou tentando impressionar ninguém, mas se o Senhor fará isso com alguém, faça isso comigo... Senhor, eu quero meu coração quebrantado de novo... me leve até seu CORAÇÃO e me deixe saber as necessidades e feridas deste povo também, então quando eu estiver neste púlpito vou pregar a sua MENTE e o seu CORAÇÃO.”
Neemias 8 me veio enquanto eu falava... E leram no livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia. Eles ergueram suas mãos, baixaram suas cabeças, colocaram o rosto no pó adorando ao Senhor. Este é o resultado do batismo de angústia. Agora o Senhor está tratando com todas as famílias de Israel, com os líderes e príncipes, Esdras e Neemias juntaram todos, Esdras abriu o livro da lei e quando abriu, todos ficaram de pé e leram no livro, na lei de Deus; claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.
Neemias e Esdras o sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam o povo lhe disseram: Este dia é consagrado ao SENHOR vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei. Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
E este é o resultado de conhecer o coração de Deus. A alegria final de ver Deus cumprindo na sua vida as promessas e alianças escritas. Não é nada carnal que vai te trazer alegria. Não me importa dinheiro, que tipo de casa nova, é algo espiritual que pode lhe trazer ALEGRIA. É algo realizado unicamente pelo Espírito Santo quando você obedece e assume seu coração.
Ele te dá a conhecer a sua voz, imediatamente! Deus diz: “Este é o caminho, ande nele.” E então depois a maravilhosa alegria de ver: Deus responde a sua ORAÇÃO!
Construa os muros ao redor da sua família! Construa os muros ao redor do seu próprio coração! Seja forte e inconquistável contra o inimigo! Senhor, é isso o que desejamos!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
A PREGAÇÃO DA CRUZ - Como Paulo proclama -
A mensagem de Paulo é a Cruz, e ele próprio é uma pessoa crucificada. Ao pregar a cruz, ele adota a maneira da Cruz. A pessoa crucificada prega a mensagem da cruz no espírito da Cruz. Mui frequentemente o que pregamos é, de fato, a cruz; mas nossa atitude, nossas palavras e nossos sentimentos não parecem testemunhar o que pregamos.
A vitória de Paulo encontra-se no fato de ser ele, deveras, uma pessoa crucificada. Ele pode, portanto, proclamar a cruz com a atitude e também com o espírito da cruz. Aquele que não experimentou a crucificação não está cheio do espírito da cruz e, consequentemente, não é digno de pregar a mensagem da cruz.
O fracasso em nossa obra é devido ao fato de estarmos ansiosos por pregar a cruz sem que essa cruz esteja dentro de nós.Ao entregar a mensagem, tentamos apresentar o que ouvimos, lemos e pensamos, de uma maneira completa e sincera. Podemos falar tão claramente que as pessoas no auditório podem pensar compreender tudo. Embora compreendam com entendimento, não existe aquela força compelidora que os faça procurar o que compreendem.
Que nós não estejamos satisfeitos com nós mesmos, pensando que nossa eloquência pode dominar o auditório.
A palavra que pregamos deve, primeiro queimar-se profundamente em nossa vida, de modo que nossa vida seja uma mensagem viva. Devemos permitir que a cruz seja nossa vida diária. Então o que pregamos será mais do que uma simples mensagem: será uma espécie de vida que exibimos diariamente. Então poderemos conceder essa vida a outros enquanto pregamos.
Em resumo: Não podemos dar o que não possuímos. Se tudo o que possuímos é pensamento, só podemos dar pensamentos...
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
A PREGAÇÃO DA CRUZ - "A pessoa do Mensageiro"
A mensagem que Paulo prega é a cruz do Senhor Jesus Cristo. O que ele proclama não é em vão, uma vez que é um canal vivo da vida divina. Com o evangelho da cruz, ele gera muitos. Entretanto, ao pregar a palavra da Cruz, o que acontece com ele? Ele diz: "E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós." Ele próprio é um a pessoa crucificada! Percebamos que é preciso um pessoa crucificada a fim de pregar a palavra da cruz.
Aqui, Paulo não tem absolutamente nenhuma confiança em si mesmo. Sua fraqueza, temor e grande tremor - o perceber a si mesmo como totalmente inútil e sem nenhuma autoconfiança - são sinais seguros de que ele é uma pessoa crucificada. "Estou crucificado com Cristo", Paulo certa vez declarou (Gálatas 2,19). A seguir, acrescenta: "Dia após dia, morro" (I Cor.15,31). É preciso um Paulo moribundo a fim de proclamar a crucificação. Sem a verdadeira morte do ego, a vida de Cristo não pode fluir dele. é relativamente fácil pregar a cruz, mas ser um pessoa crucificada na pregação da crucificação não o é.
Se não formos homens e mulheres crucificados, não podemos pregar a palavra da cruz; ninguém receberá a vida da cruz mediante nossa pregação, a menos que estejamos crucificados. Para falar francamente, aquele que não conhece a cruz experimentalmente não é digno de pregá-la.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
A pregação da Cruz - "A mensagem"
A MENSAGEM QUE PAULO PREGA.
A mensagem que Paulo prega é Jesus Cristo, e este crucificado. Seu assunto é a Cruz de Cristo ou o Cristo da Cruz. Ele só sabe isso e nada mais. Que tremenda perda será para os que nos ouvem e também para nós mesmos nos esquecermos da Cruz e não fazermos dela e do seu Cristo nosso único tema. Espero que não estejamos entre aqueles que não pregam a cruz de modo nenhum.
De forma que, à luz dessa passagem da Escritura, nossa mensagem e nosso tema estejam deveras corretos. Mas não temos tido a experiência de, a despeito da correção de nossa mensagem, não transmitirmos vida às pessoas? Permita-me dizer-lhe que, embora seja essencial pregar a mensagem correta, metade de nosso labor será em vão se não tiver como resultado a recepção de vida pelas pessoas.
Devemos sublinhar que o objetivo de nossa obra é que as pessoas tenham vida. Mas que proveito há em ficarem meramente emocionados e serem levados as lagrimas, se sua simpatia for somente superficial e a vida de Deus não entrar neles? Ainda estarão sem a salvação. De modo que nosso objetivo não é levar as pessoas somente às emoções e lágrimas, ou influenciar-lhe a mente, mas conceder-lhes a vida de Deus para que sejam salvas. Ainda quando pregamos ao cristão a verdade mais profunda referente à comorte da cruz, devemos ter em vista o mesmo objetivo.
Ora, é muito fácil fazer que as pessoas conheçam e compreendam certo assunto. Mas, para que recebam vida, poder, e para que experimentem o que pregamos, Deus tem de operar por nosso intermédio a fim de dispensar a vida mais abundante. Não nos devemos esquecer jamais de que tudo o que fazemos é com o propósito de sermos canais da vida de Deus para que essa mesma vida flua para as pessoas. Portanto, tendo a correção da mensagem e do tema, precisamos ter certeza de que somos canais que Deus possa usar a fim de transmitir vida às outras pessoas.
domingo, 11 de novembro de 2012
A pregação da Cruz
Ao pregarmos a cruz,, devemos ser aqueles que podem conceder a vida da cruz aos outros. O que me fere grandemente é que, embora muitos hoje estejam pregando a cruz, os ouvintes não parecem receber a vida de Deus. As pessoas ouvem nossas palavras; parecem aprová-las e alegremente recebê-las; entretanto, a vida de Deus não está presente.
Com o passar do tempo, entretanto, não percebemos nelas a vida abundante de Deus.
Tais resultados imperfeitos trazem-me muita angústia. Levam-me a humilhar-me perante Deus e a buscar sua luz. Ora, se você partilha da mesma experiência, gostaria que se juntasse a mim em tristeza perante o Senhor e que juntos nos arrependêssemos de nosso fracasso. "O que nos falta hoje são homens e mulheres que verdadeiramente preguem a cruz, e que a preguem especialmente no poder do Espírito.
Em I Cor.2,1-4 observamos três coisas importantes: primeiro, a mensagem que Paulo prega; segundo, o próprio Paulo; e terceiro, como Paulo proclama sua mensagem.
Esse texto é trecho de um livro intitulado o Mensageiro da Cruz.
E gostaria de nas próximas postagens estar trazendo alguns textos desse livro para nos ajudar a compreender a pregação da Cruz.
Aguarde. Estaremos falando sobre a mensagem, o mensageiro e como proclamar a mensagem.
sábado, 3 de novembro de 2012
Um Remédio para o mundo
São Paulo da Cruz certa vez disse que a Loucura da Cruz é um remédio para o mundo. Estamos vivendo em uma sociedade doente, que não quer ouvir a verdade, mas como disse Paulo: ajuntam mestres para si e querem ouvir novidades...; Muitos cristãos hoje tem se alimentado de pregações que mais se parecem palestras motivacionais para se manterem em pé. Estão vivendo de injeção de ânimo. Em outras palavras é como se um doente só tivesse alívio dos sintomas, mas a doença permanecesse. Esse tipo de situação pode perdurar durante um tempo, mas chega uma hora que essas "injeções motivacionais" param de fazer efeitos e se percebe que a "doença" avançou.
A Loucura da Cruz vai direto à doença e nos faz pessoas curadas.
Não sei se você é desses que apenas quer alívio não se importando se a doença avança ou não, ou quer de fato a cura.
Podemos dizer que não há outro remédio para o mundo, ou melhor não outro remédio para mim e para você, a não ser a mais esplendida Obra do Amor de Deus, a Obra realizada na Cruz.
Mais uma vez convido você a participar conosco do retiro a Loucura da Cruz. Inscreva-se: (12) 3637 5159.
sábado, 20 de outubro de 2012
Venha Orar Conosco
Venha Interceder conosco todas as sextas-feiras às 20:00 horas em nossa casa de missão.
Rua Osvaldo Marcondes de Azeredo, nº52, Lotº Pe. Rodolfo, Moreira Cesar.
O intercessor é um dos procurados por Deus segundo as Sagradas Escrituras.
Em Breve teremos em nosso blog algumas postagens com o tema os 3 procurados, e estaremos fazendo uma exposição a respeito daqueles que Deus procura: O pecador, O adorador e o Intercessor.
sábado, 6 de outubro de 2012
Confirmação do Carisma
"Confirmai, Senhor, o que em nós realizastes"
(Preces das Laudes do dia 15/10)
"Meu filho: não é a água que confirma o mar. A onda, o sal e a profundidade progressiva denunciam que aquelas águas são diferentes das demais"
Um carisma não sobrevive nessa terra senão for confirmado na vida das pessoas envolvidas com ele.
Um carisma "cura o seu tempo" e, o tempo curado deve confirmar o carisma e o chamado. Caso contrário, tudo é utopia ou esforço humano que com certeza se esvaziará e desaparecerá.
Realmente não é fácil entender "o que Deus quer". Não estamos vivendo um plano humano, fácil de se explicar. Estamos sob a Graça de Deus e, Graça não se explica, se vive.
Assim é um carisma. Ele deve "viver" e se desenrolar na vida daqueles que foram agraciados com tal presente. E, a autenticidade deste dom deve ser confirmado na pessoas que vivem sob este carisma e nas pessoas que "de longe" vivem esta Graça.
Confirmar é tornar firme e, firmar um carisma na própria vida pode levar anos.
Não se confirma o carisma que eu tenho em alguns dias ou meses.
Leva-se tempo e gasta-se paciência. Quem tem um carisma consigo nunca conseguirá fazer economia de esperança.
O começo de um carisma é como o nascimento de uma criança: dá medo, mas é gostoso. Todos (papai, mamãe, titio, vovó, padrinho, madrinha) se "juntam" para celebrar o nascimento e contemplar o neném. Mas, os dias vazios, as noites cansativas e meses de esforço que sucedem o nascimento vão "complicando" e, naturalmente há um afastamento daqueles que não "compõe aquela família". E é justamente este o momento inicial do processo de confirmação do carisma. Se ele realmente for meu carisma eu fico e cuido. Se não for, não consigo suportar.
Observação: é fato. Pessoas que não tem o mesmo carisma, muitas vezes, desenvolvem doenças dentro de uma comunidade. Nas mulheres costumam se desenvolver problemas nos ovários, descontrole menstrual e terríveis dores de cabeça. Nos homens, surge uma "raiva" e uma "rebeldia" descontroladas.
Tudo isso, somados ao estresse e solidão causados pela "forçação de barra"
Comprovar o nosso carisma supõe pregações, momentos de oração ou serviços de evangelização e pastoral. O carisma se manifesta nestes momentos mas, a confirmação do carisma não se dá através do que eu faço. Antes de tudo, ele deve se confirmar através daquilo que eu sou, na descoberta de mim mesmo e no processo de santidade que se desenrola a partir da revelação do carisma.
Manter um carisma não é fácil.
Sozinho não se vai tão longe. Como o mar precisa do vento para produzir as ondas, assim é um povo que recebe um carisma: necessita do vento da Graça, o Espírito Santo, para confirmar que fazem parte de uma "água diferente" e para movimentar a Graça na praia da vida das pessoas.
A confirmação de um carisma se dá por duas vias: a via Divina e a via humana.
A via divina é Deus confirmando um carisma na vida das pessoas através de provações, dificuldades, solidão, tristeza... mas também fulgor, alegria, paz, unidade, brincadeiras, fraternidade, missão enfim.
Já na via humana, a confirmação do carisma se dá através de perseguições, frustrações, não entendimentos, relações conturbadas... mas também em frutos do Espírito na vida das pessoas que convivem com este carisma, em suas vidas de oração, num ânimo espiritual, na santidade e na descoberta daqueles "mistérios" que O Senhor revela somente àquele carisma...
Tudo pode ser motivo de confirmação de um carisma. Todas as coisas concorrem para nosso bem (Rm. 8,28). Mas, somente o tempo e a fidelidade do fundador (a) e dos pioneiros verificam e confirmam a autenticidade daquele Dom.
Antes de perder o ânimo é bom que observemos todos os acontecimentos, todos os movimentos Divinos e toda manifestação humana. Nosso carisma, quando quer se confirmar em nossa vida, usa de todos os meios para que isso aconteça: fracassos, tristezas, velórios, decepções, família, perseguições familiares...
E é bom que tenhamos uma convicção: o carisma não nos confirma somente uma vez. Todo dia é dia de confirmação. Atente-se a todos os movimentos e deixe que O "Deus Fiel até o fim" confirme Sua Santa Vontade em cada um de nós.
"Vós, que em Cristo nos chamastes para uma missão profética, dai-nos a graça de proclamarmos sem temor as maravilhas do Vosso poder" (Laudes do dia).
sábado, 29 de setembro de 2012
Ano da Fé
CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ Nota com indicações pastorais para o Ano da Fé INTRODUÇÃO Com a Carta apostólica Porta fidei de 11 de outubro de 2011, o Santo Padre Bento XVI convocou um Ano da Fé. Ele começará no dia 11 de outubro 2012, por ocasião do qüinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e terminará aos 24 de novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Este ano será uma ocasião propícia a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é “o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. [1] Fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. “Também nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar” para que o Senhor “conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos”[2]. O início do Ano da Fé coincide com a grata recordação de dois grandes eventos que marcaram a face da Igreja nos nossos dias: o qüinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, desejado pelo beato João XXIII (11 de outubro de 1962), e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo beato João Paulo II (11 de outubro de 1992). O Concílio, segundo o Papa João XXIII, quis “transmitir pura e íntegra a doutrina, sem atenuações nem subterfúgios”, empenhando-se para que “esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo”[3]. A este propósito, continua sendo de importância decisiva o início da Constituição dogmática Lumen gentium: “A luz dos povos é Cristo: por isso, este sagrado Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar com a Sua luz, que resplandece no rosto da Igreja, todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura (cfr. Mc. 16,15)”[4]. A partir da luz de Cristo, que purifica, ilumina e santifica na celebração da sagrada liturgia (cf. Constituição Sacrosanctum Concilium) e com a sua palavra divina (cf. Constituição dogmática Dei Verbum), o Concílio quis aprofundar a natureza íntima da Igreja (cf. Constituição dogmática Lumen gentium) e a sua relação com o mundo contemporâneo (cf. Constituição pastoral Gaudium et spes). Ao redor das suas quatro Constituições, verdadeiras pilastras do Concílio, se agrupam as Declarações e os Decretos, que enfrentam alguns dos maiores desafios do tempo. Depois do Concílio, a Igreja se empenhou na assimilação (receptio) e na aplicação do seu rico ensinamento, em continuidade com toda a Tradição, sob a guia segura do Magistério. A fim de favorecer a correta assimilação do Concílio, os Sumos Pontífices convocaram amiúde o Sínodo dos Bispos [5], instituído pelo Servo de Deus Paulo VI em 1965, propondo à Igreja orientações claras por meio das diversas Exortações apostólicas pós-sinodais. A próxima Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos, no mês de outubro de 2012, terá como tema: A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Desde o começo do seu pontificado, o Papa Bento XVI se empenhou de maneira decisiva por uma correta compreensão do Concílio, rechaçando como errônea a assim chamada “hermenêutica da descontinuidade e da ruptura” e promovendo aquele que ele mesmo chamou de “’hermenêutica da reforma’”, da renovação na continuidade do único sujeito-Igreja, que o Senhor nos concedeu; é um sujeito que cresce no tempo e se desenvolve, permanecendo, porém, sempre o mesmo, único sujeito do Povo de Deus a caminho”[6]. O Catecismo da Igreja Católica, pondo-se nesta linha, é, de um lado, “verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II”[7], e de outro pretende favorecer a sua assimilação. O Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985, convocado por ocasião do vigésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II e para efetuar um balanço da sua assimilação, sugeriu que fosse preparado este Catecismo a fim de oferecer ao Povo de Deus um compêndio de toda a doutrina católica e um texto de referência segura para os catecismos locais. O Papa João Paulo II acolheu a proposta como desejo “de responder plenamente a uma necessidade verdadeira da Igreja Universal e das Igrejas particulares”[8]. Redigido em colaboração com todo o Episcopado da Igreja Católica, este Catecismo “exprime verdadeiramente aquela a que se pode chamar a ‘sinfonia da fé’”[9]. O Catecismo compreende “coisas novas e velhas (cf. Mt 13,52), porque a fé é sempre a mesma e simultaneamente é fonte de luzes sempre novas. Para responder a esta dupla exigência, o ‘Catecismo da Igreja Católica’ por um lado retoma a ‘antiga’ ordem, a tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V, articulando o conteúdo em quatro partes: o Credo; a sagrada Liturgia, com os sacramentos em primeiro plano; o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos; e por fim a oração cristã. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo é com freqüência expresso de um modo ‘novo’, para responder às interrogações da nossa época”[10]. Este Catecismo é “um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé.”[11]. Nele os conteúdos da fé encontram “a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de fato, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.”[12]. O Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, para que todos os membros da Igreja sejam testemunhas credíveis e alegres do Senhor ressuscitado no mundo de hoje, capazes de indicar a “porta da fé” a tantas pessoas que estão em busca. Esta “porta” escancara o olhar do homem para Jesus Cristo, presente no nosso meio “todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20). Ele nos mostra como “a arte de viver” se aprende “numa relação profunda com Ele”[13]. “Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé”[14]. Por ordem do Papa Bento XVI[15], a Congregação para a Doutrina da Fé redigiu a presente Nota, em acordo com os Dicastérios competentes da Santa Sé e com a contribuição do Comitê para a preparação do Ano da Fé[16], com algumas indicações para viver este tempo de graça, sem excluir outras propostas que o Espírito Santo quiser suscitar entre os Pastores e os fiéis nas diversas partes do mundo. INDICAÇÕES “Eu sei em quem pus a minha fé” (2Tm 1, 12): esta palavra de São Paulo nos ajuda a compreender que “antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus”[17]. A fé como confiança pessoal no Senhor e a fé que professamos no Credo são inseparáveis, se atraem e se exigem reciprocamente. Existe uma ligação profunda entre a fé vivida e os seus conteúdos: a fé das testemunhas e dos confessores é também a fé dos apóstolos e dos doutores da Igreja. Neste sentido, as seguintes indicações para o Ano da Fé desejam favorecer tanto o encontro com Cristo por meio de autênticas testemunhas da fé, quanto o conhecimento sempre maior dos seus conteúdos. Trata-se de propostas que visam solicitar, de maneira exemplificativa, a pronta responsabilidade eclesial diante do convite do Santo Padre a viver em plenitude este Ano como um especial “tempo de graça”[18]. A redescoberta alegre da fé poderá contribuir também a consolidar a unidade e a comunhão entre as diversas realidades que compõem a grande família da Igreja. I. A nível da Igreja universal 1. O principal evento eclesial no começo do Ano da Fé será a XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Bento XVI para o mês de outubro de 2012 e dedicada à Nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Durante este Sínodo, no dia 11 de outubro de 2012, acontecerá uma celebração solene de inauguração do Ano da Fé, recordando o qüinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II. 2. No Ano da Fé devem-se encorajar as romarias dos fiéis à Sé de Pedro, para ali professarem a fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, unindo-se àquele que é chamado hoje a confirmar seus irmãos na fé (cf. Lc 22, 32). Será importante favorecer também as romarias à Terra Santa, lugar que por primeiro viu a presença de Jesus, o Salvador, e de Maria, sua mãe. 3. No decorrer deste Ano será útil convidar os fiéis a se dirigirem com devoção especial a Maria, figura da Igreja, que “reúne em si e reflete os imperativos mais altos da nossa fé”[19]. Assim pois deve-se encorajar qualquer iniciativa que ajude os fiéis a reconhecer o papel especial de Maria no mistério da salvação, a amá-la filialmente e a seguir a sua fé e as suas virtudes. A tal fim será muito conveniente organizar romarias, celebrações e encontros junto dos maiores Santuários. 4. A próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em 2013 oferecerá uma ocasião privilegiada aos jovens para experimentar a alegria que provém da fé no Senhor Jesus e da comunhão com o Santo Padre, na grande família da Igreja. 5. Deseja-se que sejam organizados simpósios, congressos e encontros de grande porte, também a nível internacional, que favoreçam o encontro com autênticos testemunhos da fé e o conhecimento dos conteúdos da doutrina católica. Demonstrando como também hoje a Palavra de Deus continua a crescer e a se difundir, será importante dar testemunho de que em Jesus Cristo “encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano”[20] e que a fé “se torna um novo critério de entendimento e de ação que muda toda a vida do homem”[21]. Alguns congressos serão dedicados à redescoberta dos ensinamentos do Concílio Vaticano II. 6. Para todos os crentes, o Ano da Fé oferecerá uma ocasião favorável para aprofundar o conhecimento dos principais Documentos do Concílio Vaticano II e o estudo do Catecismo da Igreja Católica. Isto vale de modo particular para os candidatos ao sacerdócio, sobretudo durante o ano propedêutico ou nos primeiros anos dos estudos teológicos, para as noviças e os noviços dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica, bem como para aqueles que vivem um período de prova para incorporar-se a uma Associação ou a um Movimento eclesial. 7. Este Ano será a ocasião propícia para acolher com maior atenção as homilias, as catequeses, os discursos e as outras intervenções do Santo Padre. Os Pastores, as pessoas consagradas e os fiéis leigos serão convidados a um empenho renovado de efetiva e cordial adesão ao ensinamento do Sucessor de Pedro. 8. Durante o Ano da Fé, se deseja que haja várias iniciativas ecumênicas, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, com o fim de invocar e favorecer “a restauração da unidade entre todos os cristãos” que é “um dos principais propósitos do sagrado Concílio Ecumênico Vaticano II”[22]. Em particular, acontecerá uma solene celebração ecumênica a fim de reafirmar a fé em Cristo por parte de todos os batizados. 9. Junto ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização será instituída uma Secretaria especial para coordenar as diversas iniciativas relativas fiat ao Ano da Fé, promovidas pelos vários Dicastérios da Santa Sé ou que tenham relevância para a Igreja universal. Será conveniente informar com tempo esta Secretaria sobre os principais eventos organizados: ela também poderá sugerir iniciativas oportunas a respeito. A Secretaria abrirá para tanto um site internet com a finalidade de oferecer todas as informações úteis para viver de modo eficaz o Ano da Fé. 10. Por ocasião da conclusão deste Ano, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, acontecerá uma Eucaristia celebrada pelo Santo Padre, na qual se renovará solenemente a profissão de fé. II. A nível das Conferências Episcopais[23] 1. As Conferências Episcopais poderão dedicar uma jornada de estudo ao tema da fé, do seu testemunho pessoal e da sua transmissão às novas gerações, na consciência da missão específica dos Bispos como mestres e “arautos da fé”[24]. 2. Será útil favorecer a republicação dos Documentos do Concílio Vaticano II, do Catecismo da Igreja Católica e do seu Compêndio, também em edições de bolso e econômicas, e a sua maior difusão possível com a ajuda dos meios eletrônicos e das tecnologias modernas. 3. Deseja-se um esforço renovado para traduzir os Documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica nas línguas em que ainda não existem. Encorajam-se as iniciativas de sustento caritativo para tais traduções nas línguas locais dos Países em terra de missão, onde as Igrejas particulares não podem arcar com as despesas. Tudo isto seja feito sob a guia da Congregação para a Evangelização dos Povos. 4. Os Pastores, haurindo das novas linguagens de comunicação, devem se empenhar para promover transmissões televisivas ou radiofônicas, filmes e publicações, também a nível popular e acessíveis a um grande público, sobre o tema da fé, dos seus princípios e conteúdos, como também sobre o significado eclesial do Concílio Vaticano II. 5. Os Santos e os Beatos são as autênticas testemunhas da fé[25]. Portanto será oportuno que as Conferências Episcopais se empenhem para difundir o conhecimento dos Santos do próprio território, utilizando também os modernos meios de comunicação social. 6. O mundo contemporâneo é sensível à relação entre fé e arte. Neste sentido, se aconselha às Conferências Episcopais a valorizar adequadamente, em função catequética e eventualmente em colaboração ecumênica, o patrimônio das obras de arte presentes nos lugares confiados à sua cura pastoral. 7. Os docentes nos Centros de estudos teológicos, nos Seminários e nas Universidades católicas são convidados a verificar a relevância, no exercício do próprio magistério, dos conteúdos do Catecismo da Igreja Católica e das implicações que daí derivam para as respectivas disciplinas. 8. Será útil preparar, com a ajuda de teólogos e autores competentes, subsídios de divulgação com caráter apologético (cf. 1 Pd 3, 15). Assim cada fiel poderá responder melhor às perguntas que se fazem nos diversos âmbitos culturais, ora no tocante aos desafios das seitas, ora aos problemas ligados ao secularismo e ao relativismo, ora “a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, hoje de uma forma particular, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas”[26], como também a outras dificuldades específicas. 9. Deseja-se um controle dos catecismos locais e dos vários subsídios catequéticos em uso nas Igrejas particulares, para garantir a sua conformidade plena com o Catecismo da Igreja Católica[27]. No caso em que alguns catecismos ou subsídios não estejam em plena sintonia com o Catecismo, ou revelem algumas lacunas, poder-se-á encetar a elaboração de novos, eventualmente segundo o exemplo e a ajuda de outras Conferências Episcopais que já providenciaram à sua redação. 10. Será oportuna, em colaboração com a competente Congregação para a Educação Católica, um controle da presença dos conteúdos do Catecismo da Igreja Católica na Ratio da formação dos futuros sacerdotes e no Curriculum dos seus estudos teológicos. III. A nível diocesano 1. Deseja-se uma celebração de abertura do Ano da Fé e uma solene conclusão do mesmo a nível de cada Igreja particular, ocasião para “confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro”[28]. 2. Será oportuno organizar em cada Diocese do mundo uma jornada sobre o Catecismo da Igreja Católica, convidando especialmente os sacerdotes, as pessoas consagradas e os catequistas. Nesta ocasião, por exemplo, as Eparquias orientais católicas poderiam preparar um encontro com os sacerdotes para testemunhar a sensibilidade específica e a tradição litúrgica próprias ao interno da única fé em Cristo; assim as jovens Igrejas particulares nas terras de missão poderão ser convidadas a oferecer um testemunho renovado daquela alegria na fé que tanto as caracterizam. 3. Cada Bispo poderá dedicar uma sua Carta pastoral ao tema da fé, recordando a importância do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica levando em conta as circunstâncias pastorais específicas da porção de fiéis a ele confiada. 4. Deseja-se que em cada Diocese, sob a responsabilidade do Bispo, sejam organizados momentos de catequese, destinados aos jovens e àqueles que estão em busca de um sentido para a vida, com a finalidade de descobrir a beleza da fé eclesial, e que sejam promovidos encontros com as testemunhas significativas da mesma. 5. Será oportuno controlar a assimilação (receptio) do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica na vida e na missão de cada Igreja particular, especialmente em âmbito catequético. Neste sentido se deseja um empenho renovado por parte dos Ofícios catequéticos das Dioceses, os quais – com o apoio das Comissões para a Catequese das Conferências Episcopais ; têm o dever de providenciar à formação dos catequistas no que diz respeito aos conteúdos da fé. 6. A formação permanente do clero poderá ser concentrada, especialmente neste Ano da Fé, nos Documentos do Concílio Vaticano II e no Catecismo da Igreja Católica, tratando, por exemplo, de temas como “o anúncio do Cristo ressuscitado”, “a Igreja, sacramento de salvação”, “a missão evangelizadora no mundo de hoje”, “fé e incredulidade”, “fé, ecumenismo e diálogo interreligioso”, “fé e vida eterna”, “a hermenêutica da reforma na continuidade”, “o Catecismo na preocupação pastoral ordinária”. 7. Os Bispos são convidados a organizar, especialmente no período da quaresma, celebrações penitenciais nas quais se peça perdão a Deus, também e particularmente, pelos pecados contra a fé. Este Ano será também um tempo favorável para se aproximar com maior fé e maior freqüência do sacramento da Penitência. 8. Deseja-se um envolvimento do mundo acadêmico e da cultura por uma renovada ocasião de diálogo criativo entre fé e razão por meio de simpósios, congressos e jornadas de estudo, especialmente nas Universidades católicas, mostrando “que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade”[29]. 9. Será importante promover encontros com pessoas que, “embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo”[30], inspirando-se também nos diálogos do Pátio dos Gentios, organizados sob a guia do Conselho Pontifício para a Cultura. 10. O Ano da Fé poderá ser uma ocasião para prestar uma maior atenção às Escolas católicas, lugares próprios para oferecer aos alunos um testemunho vivo do Senhor e para cultivar a sua fé com uma referência oportuna à utilização de bons instrumentos catequéticos, como por exemplo, o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica ou como o Youcat. IV. A nível das paróquias / comunidades / associações / movimentos 1. Em preparação para o Ano da Fé, todos os fiéis são convidados a ler e meditar atentamente a Carta apostólica Porta fidei do Santo Padre Bento XVI. 2. O Ano da Fé “será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia”[31]. Na Eucaristia, mistério da fé e fonte da nova evangelização, a fé da Igreja é proclamada, celebrada e fortalecida. Todos os fiéis são convidados a participar dela conscientemente, ativamente e frutuosamente, a fim de serem testemunhas autênticas do Senhor. 3. Os sacerdotes poderão dedicar maior atenção ao estudo dos Documentos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, tirando daí fruto para a pastoral paroquial – a catequese, a pregação, a preparação aos sacramentos – e propondo ciclos de homilias sobre a fé ou sobre alguns dos seus aspectos específicos, como por exemplo “o encontro com Cristo”, “os conteúdos fundamentais do Credo”, “a fé e a Igreja”[32]. 4. Os catequistas poderão haurir sobremaneira da riqueza doutrinal do Catecismo da Igreja Católica e guiar, sob a responsabilidade dos respectivos párocos, grupos de fiéis à leitura e ao aprofundimento deste precioso instrumento, a fim de criar pequenas comunidades de fé e de testemunho do Senhor Jesus. 5. Deseja-se que nas paróquias haja um empenho renovado na difusão e na distribuição do Catecismo da Igreja Católica ou de outros subsídios adequados às famílias, que são autênticas igrejas domésticas e primeiro lugar da transmissão da fé, como por exemplo no contexto das bênçãos das casas, dos Batismos dos adultos, das Crismas, dos Matrimônios. Isto poderá contribuir para a confissão e aprofundimento da doutrina católica “nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre”[33]. 6. Será oportuno promover missões populares e outras iniciativas nas paróquias e nos lugares de trabalho para ajudar os fiéis a redescobrir o dom da fé batismal e a responsabilidade do seu testemunho, na consciência de que a vocação cristã “é também, por sua própria natureza, vocação ao apostolado”[34]. 7. Neste tempo, os membros dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica são solicitados a se empenhar na nova evangelização, com uma adesão renovada ao Senhor Jesus, pela contribuição dos próprios carismas e na fidelidade ao Santo Padre e à sã doutrina. 8. As Comunidades contemplativas durante o Ano da Fé dedicarão uma intenção de oração especial para a renovação da fé no Povo de Deus e para um novo impulso na sua transmissão às jovens gerações. 9. As Associações e os Movimentos eclesiais são convidados a serem promotores de iniciativas específicas, as quais, pela contribuição do próprio carisma e em colaboração com os Pastores locais, sejam inseridas no grande evento do Ano da Fé. As novas Comunidades e os Movimentos eclesiais, de modo criativo e generoso, saberão encontrar os modos mais adequados para oferecer o próprio testemunho de fé ao serviço da Igreja. 10. Todos os fiéis, chamados a reavivar o dom da fé, tentarão comunicar a própria experiência de fé e de caridade[35] dialogando com os seus irmãos e irmãs, também com os das outras confissões cristãs, com os seguidores de outras religiões e com aqueles que não crêem ou são indiferentes. Deste modo se deseja que todo o povo cristão comece uma espécie de missão endereçada aqueles com os quais vive e trabalha, com consciência de ter recebido “a mensagem da salvação para a comunicar a todos”[36]. CONCLUSÃO A fé “é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo”[37]. A fé é um ato pessoal e ao mesmo tempo comunitário: é um dom de Deus que deve ser vivenciado na grande comunhão da Igreja e deve ser comunicado ao mundo. Cada iniciativa para o Ano da Fé quer favorecer a alegre redescoberta e o testemunho renovado da fé. As indicações aqui oferecidas têm o fim de convidar todos os membros da Igreja ao empenho a fim de que este Ano seja a ocasião privilegiada para partilhar aquilo que o cristão tem de mais caro: Cristo Jesus, Redentor do homem, Rei do Universo, “autor e consumador da fé” (Heb 12, 2). Roma, da Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, aos 6 de janeiro de 2012, Solenidade da Epifania do Senhor. WILLIAM Card. LEVADA Prefeito + LUIS F. LADARIA, S.I. Arcebispo titular de Thibica Secretário
Amar a Jesus
"Nem com o sangue dos bodes ou de novilhos, mas com o próprio sangue entrou no santuário uma vez, obtendo uma redenção eterna" (Heb.9,12). E de fato o que poderia valer o sangue de todos os novilhos e mesmo de todos os homens para nos alcançar a graça divina? Só o sangue deste Homem Deus podia merecer-nos o perdão e a salvação eterna. Mas se o próprio Deus não tivesse inventado este modo de remir-nos, isto é, morrendo por nossa salvação, quem jamais poderia pensar nisso? Só o amor sonhou e o executou. Tinha, pois, razão Jó quando perguntava a este Deus tão amante dos homens: "Que é o homem, para que assim o exaltes? e por que pões sobre ele o teu coração? (Jó.7,17).
Ah, meu Jesus, é pouco um coração para amar-vos, ainda que vos amasse com o coração de todos os homens, seria ainda pouco. Que ingratidão, pois, seria a minha se eu dividisse meu coração entre vós e as criatura? Não, meu amor, vós o quereis todo e o mereceis todo, quero dar-o-lo todo. E se não dar todo o meu coração como é meu dever, tomai-o vós e faze que eu possa dizer-vos com verdade: Deus de meu coração! Ah, meu Redentor, pelos merecimentos da vida desprezada e atribulada que quisestes levar para me ensinar a verdadeira humildade, fazei-me amar os desprezos e a vida oculta. Fazei que eu abrace com amor as enfermidades, as afrontas, as perseguições, as penas internas e todas as cruzes que me vierem de vossas mãos. Fazei que eu vos ame e depois disponde de mim como vos aprouver. Ó Coração amante de Jesus, prendei-me a vós, fazendo-me conhecer o imenso bem que vós sois. Fazei-me todo vosso antes de morrer. Amo-vos meu Jesus, que tanto mereceis ser amado e tanto desejais o meu amor: amo-vos com todo o meu coração, amo-vos com toda a minha alma!
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Compromisso da Comunidade Filhos da Cruz
Essa é Comunidade Filhos da Cruz, juntamente com Pe. Tequinho, que celebrou nossa Missa de Compromisso.
sábado, 15 de setembro de 2012
O que muda após o compromisso
No dia 14 de setembro, fizemos nosso compromisso na Comunidade Filhos da Cruz, mas o que muda após termos feito o compromisso?
Será que é apenas uma questão de "compromisso", como priorizar a agenda da comunidade, ou aumento de reuniões a participar, ou o cumprimento de certas regras de vida da comunidade?
Pode ser que alguém responda agora aumenta a responsabilidade, o zelo, o testemunho. etc.
Outro poderia dizer que é bom fazer parte de uma Comunidade, usar o termo consagrado, mas isso se parece mais como coisa de um clube que depois de um tempo de preparação somos aceitos a fazer parte; isso é vaidade!
Qual é então a mudança? O que passa a ser diferente?
O que passa a ser diferente é o fato de que tudo o que é ligado na terra será ligado no céu! (Mt.18,18). Então o compromisso feito aqui entre nós, foi feito também no céu!
Há portanto uma mudança a nível humano, material, social, mas há uma mudança nas coisas celestiais.
E todas as graças reservadas no céu para esse carisma, o que fez o compromisso tem agora acesso a elas. E um carisma existe para levar a uma parcela do mundo um remédio. Há pessoas que só serão curadas, salvas, tomando desse remédio; A partir de agora há então junto com todas as graças do carisma, também a missão que o carisma nos impõe.
E se nosso carisma é ser um com Jesus no mistério da Paixão. A partir de agora estamos ligados a Ele em sua dor e sofrimento...
Mas com a dor e o sofrimento nos é dado o amor necessário para irmos até o fim!
Assim poderemos dizer como o Apóstolo Paulo: "Assim, a morte atua em nós, enquanto a vida atua em vós. (II Cor.4,12).
Nosso compromisso foi realizado numa santa Missa em nossa casa de oração. Foi um momento que não temos como expressar em palavras; Foi uma daquelas visitas de Deus, onde Ele passa e deixa impresso em nossos corações coisas que os olhos humanos não viram, nem os ouvidos ouviram! Mas sabemos que momentos assim são para nos preparar e nos dar forças para o calvário!
Possamos dizer como disseram os santos?: "Bendito seja o sofrimento"
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Compromisso da Comunidade Filhos da Cruz
No dia 14 de setembro, festa da exaltação da Santa Cruz, estaremos fazendo nosso compromisso.
A consagração numa comunidade não se dá como numa congregação ou instituto religioso, por isso, usamos o termo compromisso. Somos parte do que João Paulo II chamou de primavera da Igreja. As novas comunidades são novas formas de vida Consagrada!
Nesse ano de 2012 nossa preparação para nosso compromisso está sendo feita através da leitura orante do livro Carta aos Amigos da Cruz (de S. Luis de Montfort). Por isso quero partilhar com você alguns trechos dessa riqueza que é esse livro:
"Amigos da Cruz! Ficai aguerridamente unidos, de alma e coração. Assim a vossa união será muito mais sólida e mais temível para o mundo e para o inferno do que o seriam os exércitos de um
Estado fortemente apetrechado contra os seus próprios inimigos. Os libertinos unem-se para se divertirem; vós uni-vos para sofrer."
Onde lemos Amigos da Cruz, queremos nessa preparação lermos: Filhos da Cruz! E quero já convidar você a se unir a nós e ao Cristo Crucificado. Pode parecer estranho, mas nos unimos para sofrer! São palavras de um Santo, São Luis de Montfort; Uma das graças do carisma da Comunidade Filhos da Cruz, é que nenhum sofrimento é desperdiçado, pois através deles nos unimos ao mistério da paixão de Nosso Senhor em favor dos pecadores.
Mas a eficácia é maior quando vivemos isso em unidade também com os irmãos!
Outro trecho: "Amigo da Cruz é aquele que Deus escolhe entre dez mil pessoas que vivem ao sabor dos sentidos e da simples razão, para transformá-lo num homem espiritual, que fique acima da razão pura e em total oposição aos sentidos, com uma vida e uma fé pura e um amor ardente pela Cruz. Com o amor pelas humilhações, vence o orgulho de satanás; com o seu amor pela pobreza triunfa sobre a avareza do mundo; com o seu amor pelo sofrimento apara a sensualidade do corpo."
Nos tempos de hoje, onde vivemos a cultura do prazer, do mais fácil, do mais rápido,até mesmo no meio religioso é difícil encontrar quem queira abraçar o sofrimento e a cruz! Mas quando Deus imprime na alma o carisma, dizemos como o profeta: "Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir, usaste de força para comigo e foste tua a vitória!" Peço então a Deus que nos dê filhos, filhos da Cruz. Peço a Deu que Ele vocacione aqueles que Ele quer e imprima no coração de muitos a mentalidade da Cruz!
Deus te abençoe!
A consagração numa comunidade não se dá como numa congregação ou instituto religioso, por isso, usamos o termo compromisso. Somos parte do que João Paulo II chamou de primavera da Igreja. As novas comunidades são novas formas de vida Consagrada!
Nesse ano de 2012 nossa preparação para nosso compromisso está sendo feita através da leitura orante do livro Carta aos Amigos da Cruz (de S. Luis de Montfort). Por isso quero partilhar com você alguns trechos dessa riqueza que é esse livro:
"Amigos da Cruz! Ficai aguerridamente unidos, de alma e coração. Assim a vossa união será muito mais sólida e mais temível para o mundo e para o inferno do que o seriam os exércitos de um
Estado fortemente apetrechado contra os seus próprios inimigos. Os libertinos unem-se para se divertirem; vós uni-vos para sofrer."
Onde lemos Amigos da Cruz, queremos nessa preparação lermos: Filhos da Cruz! E quero já convidar você a se unir a nós e ao Cristo Crucificado. Pode parecer estranho, mas nos unimos para sofrer! São palavras de um Santo, São Luis de Montfort; Uma das graças do carisma da Comunidade Filhos da Cruz, é que nenhum sofrimento é desperdiçado, pois através deles nos unimos ao mistério da paixão de Nosso Senhor em favor dos pecadores.
Mas a eficácia é maior quando vivemos isso em unidade também com os irmãos!
Outro trecho: "Amigo da Cruz é aquele que Deus escolhe entre dez mil pessoas que vivem ao sabor dos sentidos e da simples razão, para transformá-lo num homem espiritual, que fique acima da razão pura e em total oposição aos sentidos, com uma vida e uma fé pura e um amor ardente pela Cruz. Com o amor pelas humilhações, vence o orgulho de satanás; com o seu amor pela pobreza triunfa sobre a avareza do mundo; com o seu amor pelo sofrimento apara a sensualidade do corpo."
Nos tempos de hoje, onde vivemos a cultura do prazer, do mais fácil, do mais rápido,até mesmo no meio religioso é difícil encontrar quem queira abraçar o sofrimento e a cruz! Mas quando Deus imprime na alma o carisma, dizemos como o profeta: "Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir, usaste de força para comigo e foste tua a vitória!" Peço então a Deus que nos dê filhos, filhos da Cruz. Peço a Deu que Ele vocacione aqueles que Ele quer e imprima no coração de muitos a mentalidade da Cruz!
Deus te abençoe!
sábado, 1 de setembro de 2012
Gerados pela Cruz
Sabemos que todos cristãos são gerados pela cruz de Cristo. Mas quero aqui dizer que os que tem o carisma da Comunidade Filhos da Cruz, e talvez você seja um desses, são gerados pela Cruz. Podemos dizer que são gestados na cruz. Alguns tem sua vocação despertada por algum outro aspecto da vida de Cristo, mas um filho da Cruz, é vocacionado pelo Senhor em sua paixão e morte. Temos para nós que o versículo fundante da Comunidade é o da morte do Grão de Trigo, onde Jesus disse que é preciso que o grão de trigo caia na terra e morra para que possa dar frutos...; Mas o versículo vocacional podemos afirmar que é: "Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim".
Jesus levantado na Cruz! Como um filho que ficou anos sem conhecer a própria mãe, mas de repente vê uma determinada mulher e sem saber o porque, sente que existe algo, um elo, um mistério, entre os dois, que o leva a ficar atraído a esta mulher, e é algo diferente do que sente ao olhar para outras mulheres; percebe que traz em si traços dessa mulher, e sem saber o porque e nem como, tem uma convicção que foi gerado no ventre dessa mulher. Assim é um filho da Cruz! Quando olha para Cruz, quando contempla os mistérios da paixão de Cristo, percebe que existe um elo, uma atração, sabe de alguma forma (e eu diria que é unicamente pela graça), que foi gerado pela Cruz!
Me desculpe a pobre comparação, mas acredito que assim podemos compreender a vocação de Nossa Comunidade.
E ao sermos atraídos, queremos ser não mais um crucificado, não em outra cruz, mas queremos ser um com Jesus em sua Paixão e Morte. Na mesma Cruz, com os mesmos cravos, mas no outro lado da cruz, de forma que não apareçamos... Talvez você esteja também a tempos à procura de sua vocação, como um jovem a procura de sua mãe...
Contemple a Cruz, tenha todos os dias pelo menos alguns minutos de meditação no mistério da paixão, se deixe atrair. Perceba que há laços mais profundos entre você e o Crucificado.
Quem sabe você também seja de uma maneira singular, gerado pela Cruz!
Jesus levantado na Cruz! Como um filho que ficou anos sem conhecer a própria mãe, mas de repente vê uma determinada mulher e sem saber o porque, sente que existe algo, um elo, um mistério, entre os dois, que o leva a ficar atraído a esta mulher, e é algo diferente do que sente ao olhar para outras mulheres; percebe que traz em si traços dessa mulher, e sem saber o porque e nem como, tem uma convicção que foi gerado no ventre dessa mulher. Assim é um filho da Cruz! Quando olha para Cruz, quando contempla os mistérios da paixão de Cristo, percebe que existe um elo, uma atração, sabe de alguma forma (e eu diria que é unicamente pela graça), que foi gerado pela Cruz!
Me desculpe a pobre comparação, mas acredito que assim podemos compreender a vocação de Nossa Comunidade.
E ao sermos atraídos, queremos ser não mais um crucificado, não em outra cruz, mas queremos ser um com Jesus em sua Paixão e Morte. Na mesma Cruz, com os mesmos cravos, mas no outro lado da cruz, de forma que não apareçamos... Talvez você esteja também a tempos à procura de sua vocação, como um jovem a procura de sua mãe...
Contemple a Cruz, tenha todos os dias pelo menos alguns minutos de meditação no mistério da paixão, se deixe atrair. Perceba que há laços mais profundos entre você e o Crucificado.
Quem sabe você também seja de uma maneira singular, gerado pela Cruz!
domingo, 8 de julho de 2012
O que Deus pensa das coisas que faço?
Lucas 16,15: Com efeito, o que as pessoas exaltam é detestável para Deus.
Será que já parou para pensar que muitas das coisas que gostas de fazer, Deus as abomina?
O que Deus pensa de suas conversas, do tipo de vocabulário que usa e sobre o que conversas?
O que Deus pensa do tempo que perde com conversas que não edificam, com o tempo que perde em frente a uma televisão, ou o que Deus pensa dos programas que assiste? O que Deus pensa dos lugares onde frequentas, sobre o modo como trata os seus familiares, como é o seu dia a dia?
Em fim, seu modo de viver é agradável a Deus ou abominável aos olhos de Deus?
Será que já parou para pensar que muitas das coisas que gostas de fazer, Deus as abomina?
O que Deus pensa de suas conversas, do tipo de vocabulário que usa e sobre o que conversas?
O que Deus pensa do tempo que perde com conversas que não edificam, com o tempo que perde em frente a uma televisão, ou o que Deus pensa dos programas que assiste? O que Deus pensa dos lugares onde frequentas, sobre o modo como trata os seus familiares, como é o seu dia a dia?
Em fim, seu modo de viver é agradável a Deus ou abominável aos olhos de Deus?
O EVANGELHO PERDIDO - Texto 4
Ai de mim se não pregar o Evangelho!
Apesar de todos os meios que temos hoje para nos comunicar; no campo religioso estamos no tempo da verbosidade. Penso que nunca houve tantos pregadores como nos tempos de hoje. Mas como está a qualidade dessas pregações? Meditamos um pouco sobre o evangelho perdido, e pergunto será que os pregadores de hoje estão de fato pregando o evangelho? Ou será que os pregadores de hoje conhecem o evangelho?
Paulo escreveu a uma comunidade que em pouco tempo se desviou do verdadeiro evangelho e explica que não existe outro evangelho, mas algumas pessoas deturparam o verdadeiro evangelho; Lemos isso na Carta aos Gálatas (Gl1,6-7). No Capítulo 3 da mesma carta Paulo chega a chamar os Gálatas de insensatos e lhes pergunta: "...E Jesus Cristo Crucificado não tinha sido descrito diante de vossos olhos?"
Hoje a linguagem da Cruz, a pregação de Jesus Crucificado, a Loucura da Cruz tem sido desprezada...
Mas Deus quer salvar pela Loucura da pregação. A pregação da Cruz; A pregação do Evangelho. (I Cor.1,21).
Ao ouvir as pregações de hoje, tenho a impressão que estamos voltando ao antigo testamento, pois até quando se fala da luta contra os pecados, se fala de esforço humano, de uma luta travada de maneira humana, e se esquece que Jesus além de perdoar os pecados, nos liberta do poder que o pecado exercia sobre nós.
Quando se tem a experiência do evangelho, a experiência da cruz, então se tem também a experiência do perdão e da libertação.
É tempo de voltarmos à pregação da Cruz! À pregação do Evangelho!
E a palavra nos afirma: Ai de mim se não pregar o Evangelho. (I Cor.9,16).
Exorto pois, os pregadores que leem esse texto a voltarem-se para o evangelho, a experimentarem o evangelho, pois se não formos também crucificados, não seremos dignos de pregarmos a Cruz!
Pregar é um grande risco. Muitos estão ficando famosos por pregar, mas é preciso se lembrar: Ai de mim, se não pregar o Evangelho!
Apesar de todos os meios que temos hoje para nos comunicar; no campo religioso estamos no tempo da verbosidade. Penso que nunca houve tantos pregadores como nos tempos de hoje. Mas como está a qualidade dessas pregações? Meditamos um pouco sobre o evangelho perdido, e pergunto será que os pregadores de hoje estão de fato pregando o evangelho? Ou será que os pregadores de hoje conhecem o evangelho?
Paulo escreveu a uma comunidade que em pouco tempo se desviou do verdadeiro evangelho e explica que não existe outro evangelho, mas algumas pessoas deturparam o verdadeiro evangelho; Lemos isso na Carta aos Gálatas (Gl1,6-7). No Capítulo 3 da mesma carta Paulo chega a chamar os Gálatas de insensatos e lhes pergunta: "...E Jesus Cristo Crucificado não tinha sido descrito diante de vossos olhos?"
Hoje a linguagem da Cruz, a pregação de Jesus Crucificado, a Loucura da Cruz tem sido desprezada...
Mas Deus quer salvar pela Loucura da pregação. A pregação da Cruz; A pregação do Evangelho. (I Cor.1,21).
Ao ouvir as pregações de hoje, tenho a impressão que estamos voltando ao antigo testamento, pois até quando se fala da luta contra os pecados, se fala de esforço humano, de uma luta travada de maneira humana, e se esquece que Jesus além de perdoar os pecados, nos liberta do poder que o pecado exercia sobre nós.
Quando se tem a experiência do evangelho, a experiência da cruz, então se tem também a experiência do perdão e da libertação.
É tempo de voltarmos à pregação da Cruz! À pregação do Evangelho!
E a palavra nos afirma: Ai de mim se não pregar o Evangelho. (I Cor.9,16).
Exorto pois, os pregadores que leem esse texto a voltarem-se para o evangelho, a experimentarem o evangelho, pois se não formos também crucificados, não seremos dignos de pregarmos a Cruz!
Pregar é um grande risco. Muitos estão ficando famosos por pregar, mas é preciso se lembrar: Ai de mim, se não pregar o Evangelho!
sábado, 16 de junho de 2012
O EVANGELHO PERDIDO - Texto 3
O EVANGELHO PERDIDO –
Quero começar com um texto de Romanos 4,5: “...ao contrário, quem, sem fazer obras, crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé é levada em conta de justiça.
Chamo sua atenção para a frase: naquele que justifica o ímpio. Portanto diante desse texto, uma das maneiras pela qual podemos definir Deus é: Aquele que justifica o ímpio.
Uma frase dentro de um versículo talvez passe despercebida, mas olhe atentamente e descubra a maravilha dessa palavra, pois aqui está uma das frases através da qual podemos falar do evangelho perdido.
Ainda hoje há quem pense que a salvação seja para os bons. Que a graça de Deus seja para os puros e santos;
Mas é surpreendente: Deus justifica o ímpio. Ele perdoa os que merecem castigo e favorece aos que não merecem nenhum favor. Só Deus pode fazer esse milagre, e o fez se tornando homem e morrendo em nosso lugar.
Jesus veio para salvar os pecadores. Ele mesmo disse: Não são os sãos que precisam de remédios, mas os doentes...
A bíblia ainda diz: Todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus (Rom. 3,23). Não há o que possa ser feito pelo ser humano, pois o ser humano é incapaz de salvar a si mesmo. Nem mesmo os sacrifícios que se fazia no Antigo Testamento foram capazes de perdoar os pecados. Mas Jesus veio buscar e salvar o que estava perdido. Ele morreu e consumou uma real expiação para tais pecadores.
Certa vez um pregador disse: O refúgio da misericórdia jamais fecha as portas para os pecadores, nem mesmo nos finais de semana. Nosso Senhor Jesus Cristo não morreu por causa de pecados imaginários, mas o sangue do seu coração foi derramado para lavar nossas mais profundas nódoas sangrentas que nada mais pode remover. Aquele que é um pecador maculado é exatamente o tipo de pessoa que o Senhor veio para purificar.
Isso é o Evangelho: A boa notícia para o ímpio, a única maneira pela qual pode ser justificado.
Olhemos para a cruz, pois ali o Senhor torna o ímpio um justo. Ali na Cruz, o Justo morre pelo injusto, afim de que o injusto seja justificado.
Essa obra da Cruz é o que se chama Evangelho; É esse o evangelho perdido. Pregadores não falam mais da obra da Cruz, pois a Cruz é loucura. Nem se quer em nossas homilias dominicais encontramos o Evangelho.
Ah! Se pregassem o Evangelho! Teríamos conversões e verdadeiros encontros com Jesus.
É tempo de se dizer: Ai de mim se não pregar o Evangelho.
Quero começar com um texto de Romanos 4,5: “...ao contrário, quem, sem fazer obras, crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé é levada em conta de justiça.
Chamo sua atenção para a frase: naquele que justifica o ímpio. Portanto diante desse texto, uma das maneiras pela qual podemos definir Deus é: Aquele que justifica o ímpio.
Uma frase dentro de um versículo talvez passe despercebida, mas olhe atentamente e descubra a maravilha dessa palavra, pois aqui está uma das frases através da qual podemos falar do evangelho perdido.
Ainda hoje há quem pense que a salvação seja para os bons. Que a graça de Deus seja para os puros e santos;
Mas é surpreendente: Deus justifica o ímpio. Ele perdoa os que merecem castigo e favorece aos que não merecem nenhum favor. Só Deus pode fazer esse milagre, e o fez se tornando homem e morrendo em nosso lugar.
Jesus veio para salvar os pecadores. Ele mesmo disse: Não são os sãos que precisam de remédios, mas os doentes...
A bíblia ainda diz: Todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus (Rom. 3,23). Não há o que possa ser feito pelo ser humano, pois o ser humano é incapaz de salvar a si mesmo. Nem mesmo os sacrifícios que se fazia no Antigo Testamento foram capazes de perdoar os pecados. Mas Jesus veio buscar e salvar o que estava perdido. Ele morreu e consumou uma real expiação para tais pecadores.
Certa vez um pregador disse: O refúgio da misericórdia jamais fecha as portas para os pecadores, nem mesmo nos finais de semana. Nosso Senhor Jesus Cristo não morreu por causa de pecados imaginários, mas o sangue do seu coração foi derramado para lavar nossas mais profundas nódoas sangrentas que nada mais pode remover. Aquele que é um pecador maculado é exatamente o tipo de pessoa que o Senhor veio para purificar.
Isso é o Evangelho: A boa notícia para o ímpio, a única maneira pela qual pode ser justificado.
Olhemos para a cruz, pois ali o Senhor torna o ímpio um justo. Ali na Cruz, o Justo morre pelo injusto, afim de que o injusto seja justificado.
Essa obra da Cruz é o que se chama Evangelho; É esse o evangelho perdido. Pregadores não falam mais da obra da Cruz, pois a Cruz é loucura. Nem se quer em nossas homilias dominicais encontramos o Evangelho.
Ah! Se pregassem o Evangelho! Teríamos conversões e verdadeiros encontros com Jesus.
É tempo de se dizer: Ai de mim se não pregar o Evangelho.
terça-feira, 22 de maio de 2012
O EVANGELHO PERDIDO - Texto 2 -
O Evangelho perdido – Texto 2 –
Estamos em um tempo que pregadores surgem diariamente. Penso que nunca houve tantos pregadores como temos hoje. Tempos atrás os pregadores eram os padres e pastores, homens que haviam estudado teologia, feito cursos bíblicos, ou seja, se preparavam para pregar. Havia as chamadas missões populares onde pregadores de congregações religiosas iam para as paróquias e faziam aí suas missões...
Mas hoje temos pregadores entre os mais variados níveis da sociedade e entre todas as camadas religiosas. Entre os católicos já não são somente padres e religiosos que pregam, mas cresce o número de leigos de movimentos e pastorais que pregam a palavra. Entre os cristãos das mais diversas denominações também cresce o número de pregadores. E isso sem falarmos dos pregadores dos meios de comunicação.
Mas com todo esse aumento do número de pregadores, é algo raro, encontrarmos uma pregação do evangelho. Se prega sobre tantas coisas, mas o essencial, o que realmente nos alimenta e nos salva, não tem sido pregado.
Hoje é muito comum os pregadores desejarem ser pregadores avivalistas, ou seja, que pregam o avivamento. Então muitos tentam imitar os pregadores famosos, querem demonstrar poder, fazem barulho, etc.
Mas ao olhar a história dos Avivamentos e seus principais personagens, vamos nos deparar com uma realidade: Eles pregavam o Evangelho!
Se tomarmos como exemplo um grande avivamento que foi o avivamento do país de Gales que tem como grande personagem Evans Roberts, vamos verificar que o tema das pregações era o amor revelado no Calvário (Livro Quando o Espírito desceu). E o que é o Amor revelado no Calvário? É o Evangelho.
Também no primeiro Avivamento da História Cristã, em Pentecostes após a vinda do Espírito Santo no Cenáculo, o que Pedro começou a pregar? Pedro começou a pregar o EVANGELHO.
Nossos pregadores de hoje: padres, bispos, leigos, pastores, evangelistas, precisam redescobrir o evangelho.
Aprendemos as técnicas oratórias, aprendemos retórica, aprendemos a usar microfone, aprendemos frases de efeitos, aprendemos sobre áudio-visual do pregador, mas esquecemos do essencial, o EVANGELHO.
“Hoje tem muita gente falando bonito, emocionando platéias, mas tem pouca gente pregando o Evangelho e salvando almas.”
Talvez você já esteja a perguntar o que é o Evangelho. Nos próximos textos iremos tratar de demonstrar o que é o evangelho.
Deus te abençoe!
Estamos em um tempo que pregadores surgem diariamente. Penso que nunca houve tantos pregadores como temos hoje. Tempos atrás os pregadores eram os padres e pastores, homens que haviam estudado teologia, feito cursos bíblicos, ou seja, se preparavam para pregar. Havia as chamadas missões populares onde pregadores de congregações religiosas iam para as paróquias e faziam aí suas missões...
Mas hoje temos pregadores entre os mais variados níveis da sociedade e entre todas as camadas religiosas. Entre os católicos já não são somente padres e religiosos que pregam, mas cresce o número de leigos de movimentos e pastorais que pregam a palavra. Entre os cristãos das mais diversas denominações também cresce o número de pregadores. E isso sem falarmos dos pregadores dos meios de comunicação.
Mas com todo esse aumento do número de pregadores, é algo raro, encontrarmos uma pregação do evangelho. Se prega sobre tantas coisas, mas o essencial, o que realmente nos alimenta e nos salva, não tem sido pregado.
Hoje é muito comum os pregadores desejarem ser pregadores avivalistas, ou seja, que pregam o avivamento. Então muitos tentam imitar os pregadores famosos, querem demonstrar poder, fazem barulho, etc.
Mas ao olhar a história dos Avivamentos e seus principais personagens, vamos nos deparar com uma realidade: Eles pregavam o Evangelho!
Se tomarmos como exemplo um grande avivamento que foi o avivamento do país de Gales que tem como grande personagem Evans Roberts, vamos verificar que o tema das pregações era o amor revelado no Calvário (Livro Quando o Espírito desceu). E o que é o Amor revelado no Calvário? É o Evangelho.
Também no primeiro Avivamento da História Cristã, em Pentecostes após a vinda do Espírito Santo no Cenáculo, o que Pedro começou a pregar? Pedro começou a pregar o EVANGELHO.
Nossos pregadores de hoje: padres, bispos, leigos, pastores, evangelistas, precisam redescobrir o evangelho.
Aprendemos as técnicas oratórias, aprendemos retórica, aprendemos a usar microfone, aprendemos frases de efeitos, aprendemos sobre áudio-visual do pregador, mas esquecemos do essencial, o EVANGELHO.
“Hoje tem muita gente falando bonito, emocionando platéias, mas tem pouca gente pregando o Evangelho e salvando almas.”
Talvez você já esteja a perguntar o que é o Evangelho. Nos próximos textos iremos tratar de demonstrar o que é o evangelho.
Deus te abençoe!
segunda-feira, 14 de maio de 2012
O EVANGELHO PERDIDO
O Evangelho perdido
Texto 1
Talvez o tema sugira algum texto dos primeiros séculos que tenha sido encontrado recentemente, mas não é isso que vou dizer.
Quero falar do “Evangelho”, ou seja, a super notícia, a hiper-notícia, o que a Igreja tem de melhor a oferecer para o mundo.
Como disseram os anjos: “Trago para vós uma boa notícia (evangelho), hoje na cidade de Davi nasceu para vós o salvador, que é o Cristo Senhor! (Lc.2,10).
Incrivelmente essa mensagem tem sido perdida e o interessante é que tem sido perdida por aqueles que deveriam ser seus anunciadores.
Nasce então um questionamento; será que os que são hoje anunciadores do evangelho, já o encontraram? Será que conhecem o evangelho?
O evangelho é mais que um livro escrito nos primeiros tempos da Igreja; ou um simples livro que narra os acontecimentos da vida de Jesus nessa terra.
Conhecer o Evangelho é mais que fazer uma teologia, ou algum curso de exegese bíblica.
Você conhece o evangelho?
Diante dessa pergunta muitos responderão que já leram por diversas vezes; outros dirão que todos os dias lêem o evangelho, outros ainda dirão que todos os domingos o evangelho é proclamado na liturgia ou no culto...
Mas a nossa noção de Evangelho está muito deturpada, notamos que nem se quer há perseguição, as pregações nem se quer incomoda...
Nos primeiros tempos o evangelho fez com que muitos deixassem os ídolos, as falsas doutrinas e se tornassem Cristãos.
O evangelho é a força salvadora. (Rom. 1,16)
O evangelho fez com que homens e mulheres se apaixonassem por Deus de tal forma que foram capazes de deixar tudo para seguir Jesus. Podemos dizer que a loucura da pregação gerou loucos. E pergunto: onde estão os loucos de hoje? Não estranhe a palavra louco pois o próprio Jesus foi assim chamado pelos seus parentes.
Na verdade, perdeu-se o Evangelho. O verdadeiro Evangelho. O genuíno Evangelho.
Já não se prega o evangelho, por conta de pregações que agradem os ouvintes. Hoje se prega o agradável, o romântico, o emocional... Muitas das pregações e homilias atuais parecem palestras motivacionais feitas em empresas por profissionais que cobram fortunas para isso.
Aliás, isso é outro detalhe, pois muitos pregadores “motivacionais” estão ganhando dinheiro ao invés de pregarem o evangelho!
Quero convidar você a reencontrarmos o evangelho e mais uma vez voltarmos a pregar o verdadeiro evangelho.
Para tanto, vamos aos poucos expondo o que é o “Evangelho” através de alguns textos.
Convido você a nos acompanhar e a redescobrir a beleza, a loucura, a riqueza, enfim, reencontrarmos o evangelho perdido.
Texto 1
Talvez o tema sugira algum texto dos primeiros séculos que tenha sido encontrado recentemente, mas não é isso que vou dizer.
Quero falar do “Evangelho”, ou seja, a super notícia, a hiper-notícia, o que a Igreja tem de melhor a oferecer para o mundo.
Como disseram os anjos: “Trago para vós uma boa notícia (evangelho), hoje na cidade de Davi nasceu para vós o salvador, que é o Cristo Senhor! (Lc.2,10).
Incrivelmente essa mensagem tem sido perdida e o interessante é que tem sido perdida por aqueles que deveriam ser seus anunciadores.
Nasce então um questionamento; será que os que são hoje anunciadores do evangelho, já o encontraram? Será que conhecem o evangelho?
O evangelho é mais que um livro escrito nos primeiros tempos da Igreja; ou um simples livro que narra os acontecimentos da vida de Jesus nessa terra.
Conhecer o Evangelho é mais que fazer uma teologia, ou algum curso de exegese bíblica.
Você conhece o evangelho?
Diante dessa pergunta muitos responderão que já leram por diversas vezes; outros dirão que todos os dias lêem o evangelho, outros ainda dirão que todos os domingos o evangelho é proclamado na liturgia ou no culto...
Mas a nossa noção de Evangelho está muito deturpada, notamos que nem se quer há perseguição, as pregações nem se quer incomoda...
Nos primeiros tempos o evangelho fez com que muitos deixassem os ídolos, as falsas doutrinas e se tornassem Cristãos.
O evangelho é a força salvadora. (Rom. 1,16)
O evangelho fez com que homens e mulheres se apaixonassem por Deus de tal forma que foram capazes de deixar tudo para seguir Jesus. Podemos dizer que a loucura da pregação gerou loucos. E pergunto: onde estão os loucos de hoje? Não estranhe a palavra louco pois o próprio Jesus foi assim chamado pelos seus parentes.
Na verdade, perdeu-se o Evangelho. O verdadeiro Evangelho. O genuíno Evangelho.
Já não se prega o evangelho, por conta de pregações que agradem os ouvintes. Hoje se prega o agradável, o romântico, o emocional... Muitas das pregações e homilias atuais parecem palestras motivacionais feitas em empresas por profissionais que cobram fortunas para isso.
Aliás, isso é outro detalhe, pois muitos pregadores “motivacionais” estão ganhando dinheiro ao invés de pregarem o evangelho!
Quero convidar você a reencontrarmos o evangelho e mais uma vez voltarmos a pregar o verdadeiro evangelho.
Para tanto, vamos aos poucos expondo o que é o “Evangelho” através de alguns textos.
Convido você a nos acompanhar e a redescobrir a beleza, a loucura, a riqueza, enfim, reencontrarmos o evangelho perdido.
sábado, 12 de maio de 2012
S. Paulo da Cruz e os Passionistas
Fundador da Ordem dos Passionistas
Congregação da Paixão de Jesus Cristo - CP
O Papa Pio IX, assinalado pelo honroso epíteto "Cruz da Cruz", teve a satisfação de inscrever no catálogo dos santos Paulo da Cruz, o grande devoto à Sagrada Paixão de Jesus, o benemérito fundador dos Passionistas.
Este santo, nasceu em 1694, na Itália setentrional e recebeu no batismo o nome de Paulo Francisco. Os piedosos pais souberam dar a seu filho uma educação ótima cristã, e em suas instruções, muitas vezes relataram-lhe fatos da vida de penitência que levaram os santos eremitas. Foi neste ambiente de piedade e amor de Deus, que Paulo Francisco nasceu e cresceu. Não podia, pois, faltar, que também ele fosse do mesmo espírito e, menino ainda de poucos anos, se entregasse aos exercícios de oração e penitência também. Seu lugar predileto era a igreja, ou para acolitar o sacerdote no altar ou para visitar Nosso Senhor no SS. Sacramento. Este terno amor a Maria Santíssima, teve-o recompensado uma vez com a aparição de Nossa Senhora com o Menino Jesus, e outra vez pela salvação miraculosa de um grande perigo de morte.
Nas sextas-feiras se flagelava e seu alimento era um pedaço de pão embebido em vinagre e fel.
Fez estudos em Cremolino, localidade vizinha. Não só revelou bonitos talentos, como entre os condiscípulos se distinguiu pela pureza de costumes, que o fez ser por todos respeitado e amado. Com alguns de seus companheiros fez uma santa aliança, com o fim de se solidificarem no amor de Deus e se familiarizarem com a meditação sobre a Sagrada Paixão e Morte do Salvador. Entrou com eles na Irmandade de Santo Antônio, sendo ele nomeado seu chefe. Nesta qualidade, muitas vezes dirigia a palavra à numerosa assistência dos Irmãos, que muito apreciavam suas alocuções, cheias de sentimento e piedade.
Quis seu tio sacerdote que, por interesse puramente materiais, tomasse estado, a que o sobrinho teve esta bela resposta: "Meu Salvador crucificado, eu vos asseguro, em que vós vejo o meu sumo Bem e que, possuindo-vos a vós, me basta". Esta vitória sobre sua própria natureza Deus lhe recompensou com um forte desejo, que lhe deu ao martírio.
Quis se alistar entre os soldados de Veneza, para com eles ir ir combater com os turcos, mas Deus lhe revelou, ser a sua vontade que fundasse uma Congregação de homens que, como missionários, trabalhassem para a salvação das almas. Paulo confiou este segredo ao bispo de Alexandria, o qual, após madura reflexão, aprovou o plano, e em 22 de novembro de 1720, lhe deu o hábito preto com uma cruz branca sobre o peito, encimada esta do Santo Nome de Jesus, e impôs-lhe o nome de Paulo da Cruz. Na mesma ocasião, autorizou-o a ensinar a doutrina cristã ao povo de Castelazzo.
Paulo obedeceu; com o crucifixo na mão, andou pelas ruas da cidade, chamando o povo para dar atenção às verdades divinas. Suas prédicas sobvre a Sagrada Paixão, causaram profunda impressão. Os ouvintes choravam, velhas inimizades acabaram de vez; não mais se ouvia falar de orgias no Carnaval e por toda a parte apareceram dignos frutos de penitência. Ali mesmos, restringindo a sua alimentação a pão e água, escreveu a Regra da sua futura Ordem, fez uma romaria a Roma, e com seu irmão João, se retirou para o monte Argentano, perto de Orbitello. A fama do seu zelo apostólico, de sua vida mortificada e santa, fizeram com que o bispo de Toja os chamasse para sua diocese, lhes conferisse as ordens sacerdotais e do Papa Benedito XIII alcançasse a licença para aceitar candidatos em seu noviciado.
Depois de alguns anos de abençoada atividade, os Irmãos voltaram para o monte Argentano, para proceder à fundação da Ordem. Em breve, aliaram-se-lhes discípulos. A cidade de Orbitello se encarregou de os dotar de grande convento, de que tomara posse em 1737.
A finalidade da Ordem, fundada por São Paulo da Cruz é pela pregação de missões implantar e firmar, nos corações, o amor de Deus por meio de meditação da Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo. Todos os seus religiosos, aos três votos comuns, acrescentam o quarto, pelo qual se obrigam a trabalhar pela propagação entre os fiéis da devoção à Sagrada Paixão.
A Ordem foi aprovada pelo Papa Bento XIV, em 1741. Deste mesmo Papa é o conceito: "Esta Ordem, que ao nosso ver, devia antes de todas ser a primeira, acaba de ser aprovada por último". Paulo foi nomeado seu primeiro superior geral.
Com o estabelecimento oficial da Ordem, as suas obrigações começaram a vigorar. Não é possível enumerar as Missões que foram pregadas nas cidades e nas aldeias; e muito menos haverá quem possa contar as conversões nelas efetuadas. As prédicas de São Paulo da Cruz sobre a Paixão de Cristo operaram milagres nas almas dos mais empedernidos pecadores. "Padre, disse-lhe certa vez um oficial militar, eu estive no tumulto da batalha; presenciei terrível canhoneio sem estremecer; mas as suas práticas fazem-me tremer da cabeça aos pés". Paulo, pregando, parecia ser tomado todo do amor divino; falando do amor de Jesus na Eucaristia, dos tesouros insondáveis do sacrifício da Missa, ou tratando da devoção da Mãe de Deus dolorosa, seu rosto se transfigurava, e o ardor com que falava, se comunicava aos ouvintes.
A santa Missa celebrada por ele, era um espetáculo de piedade e de concentração para todos, a quem era dado lhe assistir.
Os seis Papas, em cujo governo Paulo da Cruz viveu, tinham-no em alta consideração. Clemente XIV deu à sua Ordem o Convento de São João e Paulo no monte Céio, onde tinham pregado as últimas Missões.
Quando, muito doente, desenganado pelos médicos, mandou ao Santo Padre pedir a bênção para a hora da morte, Pio VI deu ao mensageiro esta resposta: "Não queremos que o vosso Superior morra agora; dizei-lhe que esperamos a sua visita aqui, depois de três dias". Paulo, ao receber esta ordem, apertou o crucifixo ao coração e disse, em abafado gemido: "Oh, meu Senhor crucificado, quero obedecer ao vosso representante". O perigo da morte desapareceu imediatamente e três dias depois esteve no Vaticano, cordialmente recebido pelo Papa.
Viveu mais três anos, cheios de sofrimentos, mas sempre unido a Jesus na Sagrada Paixão e a Maria a Mãe dolorosa, de quem favores especiais recebeu na hora da morte, em 18 de outubro de 1775. Paulo da Cruz despediu-se do mundo na idade de 81 anos. Sua Ordem chamada a dos "Passionistas", continua florescente, no vigor e no espírito do seu fundador, espalhada em diversos lugares do mundo. No Brasil, ela se estabeleceu em 1911, com Casa Provincial em São Paulo.
Reflexões
A Ordem dos Passionistas foi fundada no século dezoito, numa época em que a maçonaria cantava vitórias sobre a Igreja Católica, das quais uma foi a supressão da Companhia de Jesus, que sua nefanda política conseguiu extorquir do Papa Clemente XIV. Na França ela preparou uma revolução; as chamas da revolução subiram ao céu e toldavam os horizontes; na Alemanha e na Áustria ela favoreceu o pernicioso Josefinismo, que muito prejuízo trouxe ao Reino de Cristo naqueles países. Para tempos tão tristes, não podia haver remédio melhor, senão a união mais estreita com Jesus crucificado, e a meditação da sua Sagrada Paixão e Morte.
A importância desta devoção ressalta da história da Igreja e do seu exemplo. Simão Pedro era um Apóstolo zeloso e não menos priviliegiado. Tinha ouvido as pregações de Jesus, presenciou todos os milagres operados por seu Mestre, esteve presente na Transfiguração do monte Tabor, recebeu da mão de Jesus a santa comunhão. Não obstante, deu sinais de fraqueza, já no Horto das Oliveiras e mais tarde no pátio do palácio do sumo pontífice. Chegou a negar seu divino Mestre, só para não dar a conhecer a uma empregada. Bastou, entretanto, um só olhar para Jesus, ao vê-lo na sua humilhação e miséria, para romper em amargo pranto e se converter.
Dimas, o bom Ladrão, criminoso inveterado, e até a última hora impenitente, quando viu Nosso Senhor na Cruz, um raio de luz penetrou sua alma e, arrependido dos seus malfeitos e ao mesmo tempo confiante na misericórdia divina, a Jesus dirigiu esta súplica: "Senhor, lembrai-vos de mim, ao entrardes no vosso reino". Jesus recompensou imediatamente esta expressão da fé e da comiseração, dizendo-lhe: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc. 23)
O capitão romano de que fala São Mateus, morava em Jerusalém. Pouco se lhe dava a doutrina e os milagres de Jesus. Da boca de Pilatos tinha ouvido a declaração da inocência deste, o que não interessou. Comandante da corte, deu suas ordens, assistiu impassível à crucificação. Nada de compaixão, nada de sentimento superior em sua alma movia. Mas quando fixou seu olhar "no homem das dores", pregado na cruz, seu orgulho experimentou um choque irreprimível e em voz alta, para todos ouvirem, declarou: "Verdadeiramente este era o Filho de Deus", no que concordaram todos os que com ele estavam guardando a Jesus. (Mt 27)
A firmeza dos Mártires, o heroísmo dos defensores da fé, não tiveram outra fonte, senão a Santa Paixão e Morte de Jesus. Os grandes penitentes encontraram - todos eles - a sua paz, a sua tranquilidade, a sua felicidade ao pé da cruz.
Por tudo isso é que a Igreja não cessa de chamar os seus filhos para junto da Cruz do Filho de Deus crucificado. Sem haver uma obra de interrupção, o santo sacrifício da missa é celebrado no mundo inteiro. Todos os católicos são obrigados a assistir este sacrifício nos domingos e dias santos.
A devoção à Sagrada Paixão e Morte de Jesus é a garantia da salvação para quem a pratica com fé e amor.
Congregação da Paixão de Jesus Cristo - CP
O Papa Pio IX, assinalado pelo honroso epíteto "Cruz da Cruz", teve a satisfação de inscrever no catálogo dos santos Paulo da Cruz, o grande devoto à Sagrada Paixão de Jesus, o benemérito fundador dos Passionistas.
Este santo, nasceu em 1694, na Itália setentrional e recebeu no batismo o nome de Paulo Francisco. Os piedosos pais souberam dar a seu filho uma educação ótima cristã, e em suas instruções, muitas vezes relataram-lhe fatos da vida de penitência que levaram os santos eremitas. Foi neste ambiente de piedade e amor de Deus, que Paulo Francisco nasceu e cresceu. Não podia, pois, faltar, que também ele fosse do mesmo espírito e, menino ainda de poucos anos, se entregasse aos exercícios de oração e penitência também. Seu lugar predileto era a igreja, ou para acolitar o sacerdote no altar ou para visitar Nosso Senhor no SS. Sacramento. Este terno amor a Maria Santíssima, teve-o recompensado uma vez com a aparição de Nossa Senhora com o Menino Jesus, e outra vez pela salvação miraculosa de um grande perigo de morte.
Nas sextas-feiras se flagelava e seu alimento era um pedaço de pão embebido em vinagre e fel.
Fez estudos em Cremolino, localidade vizinha. Não só revelou bonitos talentos, como entre os condiscípulos se distinguiu pela pureza de costumes, que o fez ser por todos respeitado e amado. Com alguns de seus companheiros fez uma santa aliança, com o fim de se solidificarem no amor de Deus e se familiarizarem com a meditação sobre a Sagrada Paixão e Morte do Salvador. Entrou com eles na Irmandade de Santo Antônio, sendo ele nomeado seu chefe. Nesta qualidade, muitas vezes dirigia a palavra à numerosa assistência dos Irmãos, que muito apreciavam suas alocuções, cheias de sentimento e piedade.
Quis seu tio sacerdote que, por interesse puramente materiais, tomasse estado, a que o sobrinho teve esta bela resposta: "Meu Salvador crucificado, eu vos asseguro, em que vós vejo o meu sumo Bem e que, possuindo-vos a vós, me basta". Esta vitória sobre sua própria natureza Deus lhe recompensou com um forte desejo, que lhe deu ao martírio.
Quis se alistar entre os soldados de Veneza, para com eles ir ir combater com os turcos, mas Deus lhe revelou, ser a sua vontade que fundasse uma Congregação de homens que, como missionários, trabalhassem para a salvação das almas. Paulo confiou este segredo ao bispo de Alexandria, o qual, após madura reflexão, aprovou o plano, e em 22 de novembro de 1720, lhe deu o hábito preto com uma cruz branca sobre o peito, encimada esta do Santo Nome de Jesus, e impôs-lhe o nome de Paulo da Cruz. Na mesma ocasião, autorizou-o a ensinar a doutrina cristã ao povo de Castelazzo.
Paulo obedeceu; com o crucifixo na mão, andou pelas ruas da cidade, chamando o povo para dar atenção às verdades divinas. Suas prédicas sobvre a Sagrada Paixão, causaram profunda impressão. Os ouvintes choravam, velhas inimizades acabaram de vez; não mais se ouvia falar de orgias no Carnaval e por toda a parte apareceram dignos frutos de penitência. Ali mesmos, restringindo a sua alimentação a pão e água, escreveu a Regra da sua futura Ordem, fez uma romaria a Roma, e com seu irmão João, se retirou para o monte Argentano, perto de Orbitello. A fama do seu zelo apostólico, de sua vida mortificada e santa, fizeram com que o bispo de Toja os chamasse para sua diocese, lhes conferisse as ordens sacerdotais e do Papa Benedito XIII alcançasse a licença para aceitar candidatos em seu noviciado.
Depois de alguns anos de abençoada atividade, os Irmãos voltaram para o monte Argentano, para proceder à fundação da Ordem. Em breve, aliaram-se-lhes discípulos. A cidade de Orbitello se encarregou de os dotar de grande convento, de que tomara posse em 1737.
A finalidade da Ordem, fundada por São Paulo da Cruz é pela pregação de missões implantar e firmar, nos corações, o amor de Deus por meio de meditação da Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo. Todos os seus religiosos, aos três votos comuns, acrescentam o quarto, pelo qual se obrigam a trabalhar pela propagação entre os fiéis da devoção à Sagrada Paixão.
A Ordem foi aprovada pelo Papa Bento XIV, em 1741. Deste mesmo Papa é o conceito: "Esta Ordem, que ao nosso ver, devia antes de todas ser a primeira, acaba de ser aprovada por último". Paulo foi nomeado seu primeiro superior geral.
Com o estabelecimento oficial da Ordem, as suas obrigações começaram a vigorar. Não é possível enumerar as Missões que foram pregadas nas cidades e nas aldeias; e muito menos haverá quem possa contar as conversões nelas efetuadas. As prédicas de São Paulo da Cruz sobre a Paixão de Cristo operaram milagres nas almas dos mais empedernidos pecadores. "Padre, disse-lhe certa vez um oficial militar, eu estive no tumulto da batalha; presenciei terrível canhoneio sem estremecer; mas as suas práticas fazem-me tremer da cabeça aos pés". Paulo, pregando, parecia ser tomado todo do amor divino; falando do amor de Jesus na Eucaristia, dos tesouros insondáveis do sacrifício da Missa, ou tratando da devoção da Mãe de Deus dolorosa, seu rosto se transfigurava, e o ardor com que falava, se comunicava aos ouvintes.
A santa Missa celebrada por ele, era um espetáculo de piedade e de concentração para todos, a quem era dado lhe assistir.
Os seis Papas, em cujo governo Paulo da Cruz viveu, tinham-no em alta consideração. Clemente XIV deu à sua Ordem o Convento de São João e Paulo no monte Céio, onde tinham pregado as últimas Missões.
Quando, muito doente, desenganado pelos médicos, mandou ao Santo Padre pedir a bênção para a hora da morte, Pio VI deu ao mensageiro esta resposta: "Não queremos que o vosso Superior morra agora; dizei-lhe que esperamos a sua visita aqui, depois de três dias". Paulo, ao receber esta ordem, apertou o crucifixo ao coração e disse, em abafado gemido: "Oh, meu Senhor crucificado, quero obedecer ao vosso representante". O perigo da morte desapareceu imediatamente e três dias depois esteve no Vaticano, cordialmente recebido pelo Papa.
Viveu mais três anos, cheios de sofrimentos, mas sempre unido a Jesus na Sagrada Paixão e a Maria a Mãe dolorosa, de quem favores especiais recebeu na hora da morte, em 18 de outubro de 1775. Paulo da Cruz despediu-se do mundo na idade de 81 anos. Sua Ordem chamada a dos "Passionistas", continua florescente, no vigor e no espírito do seu fundador, espalhada em diversos lugares do mundo. No Brasil, ela se estabeleceu em 1911, com Casa Provincial em São Paulo.
Reflexões
A Ordem dos Passionistas foi fundada no século dezoito, numa época em que a maçonaria cantava vitórias sobre a Igreja Católica, das quais uma foi a supressão da Companhia de Jesus, que sua nefanda política conseguiu extorquir do Papa Clemente XIV. Na França ela preparou uma revolução; as chamas da revolução subiram ao céu e toldavam os horizontes; na Alemanha e na Áustria ela favoreceu o pernicioso Josefinismo, que muito prejuízo trouxe ao Reino de Cristo naqueles países. Para tempos tão tristes, não podia haver remédio melhor, senão a união mais estreita com Jesus crucificado, e a meditação da sua Sagrada Paixão e Morte.
A importância desta devoção ressalta da história da Igreja e do seu exemplo. Simão Pedro era um Apóstolo zeloso e não menos priviliegiado. Tinha ouvido as pregações de Jesus, presenciou todos os milagres operados por seu Mestre, esteve presente na Transfiguração do monte Tabor, recebeu da mão de Jesus a santa comunhão. Não obstante, deu sinais de fraqueza, já no Horto das Oliveiras e mais tarde no pátio do palácio do sumo pontífice. Chegou a negar seu divino Mestre, só para não dar a conhecer a uma empregada. Bastou, entretanto, um só olhar para Jesus, ao vê-lo na sua humilhação e miséria, para romper em amargo pranto e se converter.
Dimas, o bom Ladrão, criminoso inveterado, e até a última hora impenitente, quando viu Nosso Senhor na Cruz, um raio de luz penetrou sua alma e, arrependido dos seus malfeitos e ao mesmo tempo confiante na misericórdia divina, a Jesus dirigiu esta súplica: "Senhor, lembrai-vos de mim, ao entrardes no vosso reino". Jesus recompensou imediatamente esta expressão da fé e da comiseração, dizendo-lhe: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc. 23)
O capitão romano de que fala São Mateus, morava em Jerusalém. Pouco se lhe dava a doutrina e os milagres de Jesus. Da boca de Pilatos tinha ouvido a declaração da inocência deste, o que não interessou. Comandante da corte, deu suas ordens, assistiu impassível à crucificação. Nada de compaixão, nada de sentimento superior em sua alma movia. Mas quando fixou seu olhar "no homem das dores", pregado na cruz, seu orgulho experimentou um choque irreprimível e em voz alta, para todos ouvirem, declarou: "Verdadeiramente este era o Filho de Deus", no que concordaram todos os que com ele estavam guardando a Jesus. (Mt 27)
A firmeza dos Mártires, o heroísmo dos defensores da fé, não tiveram outra fonte, senão a Santa Paixão e Morte de Jesus. Os grandes penitentes encontraram - todos eles - a sua paz, a sua tranquilidade, a sua felicidade ao pé da cruz.
Por tudo isso é que a Igreja não cessa de chamar os seus filhos para junto da Cruz do Filho de Deus crucificado. Sem haver uma obra de interrupção, o santo sacrifício da missa é celebrado no mundo inteiro. Todos os católicos são obrigados a assistir este sacrifício nos domingos e dias santos.
A devoção à Sagrada Paixão e Morte de Jesus é a garantia da salvação para quem a pratica com fé e amor.
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