A MANJEDOURA E A CRUZ
– O ESTÁBULO E O CALVÁRIO
Há uma tendência muito comum em
separarmos a festa do Natal do mistério pascal, como se fossem realidades à
parte. Mas ao celebrarmos a encarnação do Verbo, que é o Natal. ( Aliás,
precisamos desnudar o Natal, pois está tão revestido de consumismo e paganismo
que é quase impossível de ver até entre os cristãos a verdadeira realidade do
natal).
É comum ouvir entrevistadores
perguntando: “O que é o Natal para você?” Mas a questão não é o que é o natal
para um ou para outro, mas sim o que é o Natal?
Alguém dirá: “Natal é a
encarnação do verbo”. Muito bem! Mas se pensarmos no que é a encarnação do verbo já deveríamos
tremer e silenciar: “ Deus que é criador, assumindo a natureza da criatura e
armando entre nós sua tenda...”
Fazer memória desse fato (e isso
é celebrar) já deveria fazer com que o natal fosse muito diferente do que é.
Mas, há algo que devemos
perguntar no Natal: Qual a razão da encarnação do Verbo? Ou como perguntou Anselmo de Cantuária: “Cur
Deus Homo?” “Porque Deus se fez Homem?”
Irmãos a manjedoura nos aponta para a Cruz, o
estábulo nos aponta para o Calvário. O Filho de Deus se fez homem, porque o
homem devido ao pecado estava debaixo da Ira de Deus e para que a Ira Divina
não caísse sobre o homem, Deus se fez
homem para tomar sobre si o peso da Ira e assim pela fé no Filho de Deus nos tornássemos justos diante de Deus.
Santo Anselmo diz: O homem deve a
Deus o que não pode pagar e a menos que pague não pode ser salvo. (Deus então
se faz homem e paga o preço...)
Gálatas 4,4: “Mas ao chegar a
plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher e sujeito à Lei,
para pagar a alforria daqueles que estão sujeitos à lei, para que nos seja dado
ser filhos adotivos”.
Gálatas 3,13: “Cristo pagou para
nos libertar da maldição da lei, tornando-se ele mesmo maldição por nós, como
está escrito: Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro”.
Portanto não dá para separarmos
a manjedoura do calvário.
A Comunidade Filhos da Cruz te
convida a celebrar o Natal com o olhar no mistério Pascal.
Isaías 9,5: “Pois, uma criança
nasceu para nós, um filho nos foi dado. A soberania repousa nos seus ombros.
Proclama-se o seu Nome: “Conselheiro Maravilhoso, Deus forte, Pai da eternidade,
Príncipe da Paz”.
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