O SEMEADOR – PREGAÇÃO SEMINÁRIO DE VIDA
Ler o texto de Mat. 13,1-9.18-23
-Mat.13,19 – ouve não compreende...
-Mat. 13,23 - o que
foi semeado em terra boa é quem ouve a palavra e a entende...
-Mc. 4,14 – são os que a ouvem, mas logo vem satanás...
-Mc. 4,20 – são os que ouvem a palavra e a colhem....
-Lc. 8,12 – são os que escutam, mas logo vem o diabo e
arranca a palavra...
-Lc. 8,15- são aqueles que ouvindo com um coração bom e
generoso, conservam a Palavra ...
Vamos hoje
contemplar essa parábola por um prisma um tanto diferente do que somos
acostumados a fazer. Pois certamente já ouvimos comparações dos terrenos com
nosso coração. E nos dizem que então
devemos ter um coração bom, fértil, para acolher a palavra de Deus para que ela
possa produzir frutos em nós.
Mas, isso é um tanto
estranho quando se coloca no contexto do anúncio do Evangelho, visto que o
evangelho é para salvar o perdido, resgatar o condenado, perdoar o pecador...
E se nós quisermos ter um coração bom antes de conhecermos
a Jesus, isso é impossível.
Quero lhe mostrar então alguns textos bíblicos:
Em Gen.8,21 – Deus diz que nosso coração é mal desde a
infância.
-com parar com Gen. 6,5.
-Sl. 58,3 Do fundo
do coração cometeis crimes.
-Jó 15,14-16 Que é o
ser humano para bancar o imaculado? E o que nasce da mulher para que pareça
justo?
-Ecle.9,3: O coração dos filhos de Adão está cheio de
maldade e de insensatez enquanto vivem.
- Jer.17,9:O Coração do homem é o que há de mais enganador
-Mt.15,19-20; Mc 7,20-23; É do coração que saem as más intenções,
homicídios, adultério, etc.
-Mat.7,11 – Vós que sois maus.
Talvez alguém diga
que é por isso que precisamos então mudar nossa vida, para que a palavra produza fruto
em nós. Más nós, por nós mesmos não podemos mudar. Quero lhe mostrar alguns
textos:
-Jó 14,4 – Quem fará sair o puro do impuro?
-Jer. 2,22: Ainda que lave com potassa e exagere no uso da
decoada, para mim continua sujo de pecado. Diz o Senhor Deus.
-Jer. 13,23; Pode o negro mudar a cor de sua pele, ou o
leopardo as suas pintas? E vós viciados na maldade. Será que um dia podereis
praticar o bem.
Diante dessas realidades, como então entender essa parábola
nesse início de Seminário de Vida?
Lendo os textos nos 3 evangelistas, penso que a questão é
ouvir e entender, compreender, acolher...
E lendo no contexto de toda a bíblia, podemos afirmar que
ouvindo a mensagem do evangelho, que é a semente, compreendendo-a e
acolhendo-a, essa mensagem tem o poder de nos salvar. (Rom.1,16).
O que vamos fazer nesse Seminário então é pregar o
evangelho sem reducionismo. Queremos que cada um compreenda a mensagem do
evangelho, independente se você é uma
pessoa boa, cheia de virtudes e dons, ou é o pior tipo de pessoa que existe.
Um dos grandes problemas hoje é não compreendermos a
mensagem do evangelho, seja por que nós só queremos ouvir aquilo que nos é agradável,
emocionante, ou porque não há quem
pregue o evangelho; Como disse o Apóstolo Paulo: A fé vem da pregação, mas como
ouvirão se não houver quem pregue? E por
isso o apóstolo diz; Ai de mim se não pregar o Evangelho.
É preciso que todos ouçam o
evangelho, mesmo os que são muito religiosos e caridosos. Se não ouvirem
a mensagem do Evangelho não serão salvos. (Atos 10,2; 11,14).
Irmãos, como não sabemos se teremos outra oportunidade de
pregar o evangelho, peço então sua atenção, para que de maneira breve possa
expor para você o evangelho:
“O Evangelho começa com a natureza de Deus. Partindo disso,
o evangelho trata da natureza do homem e de seu estado caído.
Dessas verdades se estabelecem o que é chamado de o grande
dilema.
Qual é o dilema?
Se Deus é justo, ele
não pode simplesmente perdoar os pecados.
A escritura diz: O que justifica o perverso e o que condena
o justo, são abomináveis para o Senhor (Pv. 17,15)
O grande problema é que Deus é verdadeiramente justo, e
todos os homens são verdadeiramente ímpios. Para ser justo Deus tem de condenar
o ímpio. Mas Deus tendo em vista sua própria glória e demonstrando seu grande
amor para conosco, enviou seu Filho, que viveu nesse mundo como homem perfeito.
E depois, em harmonia com o plano eterno de Deus, o filho morreu naquela cruz,
no Calvário.
E na cruz, Ele levou o nosso pecado e, se tornou maldição
por nós.
Cristo nos remiu da maldição, tornando-se maldição em nosso
lugar (Gl.3,13).
Aquele sofrimento físico, aquela crucificação fazia parte
da Ira de Deus.
Ao terceiro dia, Deus o ressuscitou da morte. Sua
ressurreição atesta o seu Senhorio e é a declaração divina que o seu sacrifício
foi aceito.
Jesus pagou a penalidade pela desobediência do homem,
satisfez as demandas da justiça e aplacou a ira de Deus. (Rom. 4,25.)
Quarenta dias após a ressurreição, o Filho de Deus ascendeu ao céu e se assentou à destra do Pai, e foi-lhe dada Glória, honra
e domínio. E agora intercede pelo seu povo.
Deus perdoará plenamente a todos quantos em seu estado de
pecado e incapacidade se lançam sobre Cristo, sendo por Ele declarados justos e
reconciliados com Deus.
Por isso agora a todos Deus ordena que se arrependam de
seus pecados (Atos 17,30).
Esse arrependimento quando genuíno faz acontecer uma mudança de mentalidade, uma
tristeza pelo pecado, reconhecimento e confissão dos pecados, afastamento dos
pecados, voltar-se para Deus, Obediência, e um contínuo arrependimento...
Creia no Evangelho. Creia no que Deus fez na Cruz. Creia
que Ele assumiu todos os seus pecados e tomou sobre Ele todo o peso da Ira
divina e assim você terá a experiência de salvação.
Meu irmão, essa é a
semente, essa é a mensagem que estaremos pregando durante essas semanas. Mas
você pode agora, hoje, trazer para dentro de você essa semente do Evangelho,
pois o evangelho é o poder de Deus para salvação. Não confie em suas obras, nem na sua bondade, confie inteiramente em Jesus
e no que Ele fez por você na Cruz.
Essa graça de entender a mensagem é ato do homem, mas também uma obra da graça
de Deus, pois sem a graça nada é possível para nós: CIC 2001.
(oração)
Queira entender, conhecer, compreender o evangelho. Mesmo
se você já é um convertido. Pois Paulo após ter pregado aos Coríntios fez
questão de lembrá-los do Evangelho. (ICor.15).
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