sábado, 7 de abril de 2012

Na escola de S. Paulo da Cruz

Do lugar onde se deve rezar: Faça a meditação na Igreja interna da sua alma. É de fé, que nossa alma é templo do Deus vivo e que Deus habita em nós. Portanto, entre dentro de si mesmo, aí adore o Altíssimo em espírito e verdade, aí fale a Ele de seus sofrimentos e do seu amor para conosco... Fale a Ele, coração ao coração (Carta escrita em 1757).
Do abandono de si mesmo nas mãos de Deus: A maior perfeição de uma alma consiste em um verdadeiro e total abandono de si mesmo nas mãos do Sumo Bem. Este abandono abrange uma perfeita resignação à vontade divina em todos os eventos que nos ocorrem. Deste modo, quando você percebe surgir qualquer desejo ou outra coisa que provoca sobressalto ao coração, colocando-o em solicitude para fazer aquilo que no momento não está em nosso poder, é necessário logo fazê-lo morrer na Santíssima vontade de Deus. Quando ocorre do coração se afastar da divina presença, examine imediatamente a causa, e encontrando-a, ajude-se com jaculatórias e propósitos dizendo: Oh! Cara vontade do meu Deus, vós sois o meu alimento, a minha alegria, o meu repouso. Não quero Senhor, outro alimento senão a vossa vontade (Carta escrita em 1734).
Viver o momento presente: Nunca me encontro tão contente como quando passo a minha miserável vida no momento presente, sem pensar em outro momento que o presente e quando as tempestades se apresentam de vários tipos digo a mim mesmo: quero amar a Deus quanto posso neste momento, como se fosse o último de minha vida. Quero sofrer contente, agora, sem pensar no futuro. Alma minha, faça a vontade de Deus com perfeição neste momento, como se fosse o último. (Carta escrita em 1735)
Caminhar nas pegadas de Jesus: Não filosofe tanto sobre si mesmo, caminhe com simplicidade, siga as pegadas de Jesus Cristo, continue a sua oração e sempre a fundamente sobre os divinos mistérios da Santíssima Vida e Paixão de Jesus, nossa vida, que esta é a via segura da qual nasce o recolhimento interior, o dom de estar em solidão interna à Divina Presença, sem perigo de engano. Nunca se deve perder de vista este divino modelo, Jesus Padecente (Carta escrita em 1752).
Dos verdadeiros frutos da oração: Quando se vai ao horto colhem-se os frutos e não as folhas. Assim, no horto da oração não é necessário apegar-se às folhas dos sentimentos e das consolações, mas recolher os frutos da imitação de Jesus Cristo: a humildade, o conhecimento do próprio nada, a perfeita mortificação interna e externa com uma sólida acolhida da Divina Vontade em todos os acontecimentos, etc. Estes são os verdadeiros frutos e não folhas (Carta escrita em 1769).
Simplicidade e disciplina: Fuja de se colocar em evidência, tenha oculta a virtude, que caminhará seguro... Mantenha-se de bom humor com todos, sem dar na vista... De resto, recorde-se que “sempre ora bem, quem age bem”. Convém que você se fortaleça e não pretenda voar sem asas. Explico-me: é necessário procurar a perfeição, não do nosso modo, mas como apraz o Senhor: o religioso como religioso, o secular como secular. Programe seu dia estabelecendo uma ordem discreta e prudente: de manhã, por exemplo, a primeira coisa, deverá ser a oração e a meditação, cerca de meia hora ou pouco mais. Veja os compromissos do dia e determine fazê-los bem, com pura intenção, com o coração recolhido, etc. Se puder participe da Missa todos os dias. Dedique-se com espírito tranqüilo aos seus interesses. Seja prudente no tratar e no falar, pratique a virtude, a humildade de coração, a paciência e a mansidão com verdadeira resignação à Vontade divina. Freqüente habitualmente os Santos Sacramentos e tenha o coração desperto ao amor de Deus com freqüentes jaculatórias (Carta escrita em 1736).
Perseverança na oração: Fiquei distraído e tentado, estava sem força na oração, queria escapar da oração. O espírito, porém, com a graça do nosso bom Deus resistia... Deve-se estar atento para não deixar a oração neste tempo tão doloroso, porque o sofrimento não diminuiria, mas a pessoa se afligiria mais, porque se veria cair na tibieza... Deus me faz entender isso, que aquele a quem Deus quiser elevar a uma alta união com Ele por meio da santa oração, tem que passar por este caminho de padecimento na mesma oração (Diário de Castellazzo – 1720).
Convite a não desanimar-se: Peço-lhe em Jesus Cristo, que não desanime se lhe parece não exercitar-se nas santas virtudes com aquela perfeição a qual o Espírito Santo o estimula, caindo nos defeitos que, aliás, na maior parte são involuntários. Mostre a Deus suas feridas com dulcíssima reverência e dor, e diga-lhe com amor filial que as cure, e prossiga velozmente no caminho dos seus divinos preceitos. Ânimo, pois, você verá o dia em que se dará a última derrota do inimigo, obteremos a vitória por certo em Jesus Cristo, nosso Salvador (Carta escrita em 1734).
São Paulo da Cruz é um dos Baluartes da Comunidade Filhos da Cruz!

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