quinta-feira, 27 de março de 2014
PASSANDO PELO DESERTO
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão e, no Espírito, era conduzido pelo deserto... (Lc.4,1)
É interessante notar que o próprio Espírito Santo é quem conduz Jesus para o deserto e, assim é com todo aquele que quer viver uma vida em Deus. Chega um momento em que o Espírito Santo conduz o orante ao deserto. É uma experiência terrível. Pois deserto é deserto. Esse período também conhecido como aridez ou noite escura da alma, é um período que tem origem no próprio Deus. Não é devido a negligência do orante, nem por seus pecados. Mas para que possa sair da infantilidade espiritual Deus desce o orante do colo, o coloca no chão para que amadureça. No deserto espiritual aquele que um dia sentia tanto prazer em orar, encontrava tanta consolação e devoção, agora não encontra nada, senão um grande vazio... Não se tem nenhum prazer nem na oração nem em qualquer outra coisa na vida. Se tem a impressão de que Deus sumiu. Não dá para fugir do deserto. Ou se aprende a viver esse período, ou correrá o risco de não sair dele. Pois uns são derrotados pelo deserto e abandonam a fé; outros não chegam a abandonar a fé, mas deixam de ser orantes e se embrenham no caminho das obras e do ativismo para tentar preencher o vazio; outros permanecem firmes e aprendem como sobreviver no deserto. Esses últimos são os confirmados, são aqueles que ficaram firmes na fé e não na visão. Aprenderam a adorar a Deus em espírito e verdade. São pessoas de têmpera... Para sobreviver no deserto é preciso ter humildade, paciência e perseverança. Sem nunca deixar de orar.
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